Comando-Geral da PM fica em silêncio sobre falta de policiais em Dourados
Campo Grande News revelou que 200 chamados já deixaram de ser atendidos após juiz mandar PM reassumir presídio
O Comando-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul fez silêncio sobre a falta de policiamento nas ruas de Dourados, segunda maior cidade do Estado localizada a 233 km da Capital.
Nesta terça-feira (15), o Campo Grande News mostrou que na maior parte do tempo a corporação só tem uma viatura rodando por turno e pelo menos 200 chamados já deixaram de ser atendidos nos últimos quatro dias.
O colapso na segurança pública de Dourados começou na sexta-feira (11), quando o juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias mandou a PM reassumir as quatro torres de vigilância da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Para cumprir a ordem, o comando local tirou pelo menos quatro equipes do policiamento de rua.
Na condição de anonimato, policiais afirmaram à reportagem que a crise se agravou devido ao baixo número de efetivo para atender a cidade de 220 mil habitantes.
Hoje, o Campo Grande News perguntou ao Comando-Geral da Polícia Militar quais são o efetivo e o número de viaturas da PM em Dourados; se essa quantidade é suficiente para atender a cidade e se existe previsão de aumentar o número de policiais e de viaturas.
Através da assessoria de comunicação, a Polícia Militar enviou nota, mas não houve qualquer palavra sobre a falta de efetivo e sobre providências que serão adotadas para evitar caos ainda maior no Natal e Ano Novo.
“A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul informa que está cumprindo a determinação judicial na íntegra, atendendo todas as demandas referentes à PED de Dourados. Em virtude das novas atribuições, ocasionalmente podem acontecer mudanças em algumas modalidades de policiamento, porém, tudo está sendo feito de forma que o atendimento à população seja contínuo, sem qualquer prejuízo”, afirma o Comando-Geral.
A nota continua: “a PMMS e a Agepen trabalham em consonância quanto às questões afetas às penitenciárias estaduais, atuando para manutenção da paz e da ordem, bem como continuidade do policiamento preventivo e atendimento via 190”.
Mais cedo, a reportagem tinha procurado a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), que por meio da assessoria de imprensa informou que os questionamentos deveriam ser direcionados ao Comando-Geral da PM.