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Interior

Comerciante foi morto por desavença sobre botijões; autor vai se apresentar

Advogado de dono de distribuidora de gás informou que comerciante morto ontem em Dourados se negava a devolver botijões

Helio de Freitas, de Dourados | 18/05/2016 09:27
Local onde comerciante foi morto a tiros, ontem em Dourados (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Local onde comerciante foi morto a tiros, ontem em Dourados (Foto: Sidney Bronka/94 FM)

Uma desavença sobre botijões de gás levou o comerciante Luciano Soares Senzack, 39, à morte. Ele foi assassinado com três tiros na tarde de ontem (17) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, e o autor é um empresário que tem duas distribuidoras de gás na cidade.

Mauro Victol, que matou o comerciante na porta da empresa de Luciano, a Nacional Gás, localizada na Avenida Presidente Vargas, saída para Itaporã, deve ser apresentar amanhã (19) à Polícia Civil. A informação foi confirmada hoje pelo advogado dele, Marcos Santos.

De acordo com a versão contada pelo advogado, Mauro cometeu o crime por se sentir ameaçado por Luciano, para quem fornecia gás de cozinha para revenda.

Conforme a história do acusado, há algum tempo Luciano comprava dele o gás que revendia na empresa onde ocorreu o crime e pegava os botijões em regime de comodato. Teria feito o pagamento em dia nas três primeiras compras, mas depois houve atraso na quarta vez que pegou o produto. Mesmo com o atraso, Luciano teria solicitado mais uma remessa, com a promessa de que pagaria as duas juntas.

Botijões – Apesar de o distribuidor atender o cliente, o advogado disse que Luciano teria afirmado que não compraria mais gás de Mauro Victol. Como o comerciante se negava a devolver os botijões, Victol teria mandado um funcionário até a empresa de Luciano, ontem de manhã, para pegar os vasilhames, mas o comerciante teria se negado a fazer a entrega.

Ontem à tarde, Mauro foi até o local em uma caminhonete S10 acompanhado de um funcionário. Novamente Luciano teria se negado a devolver os botijões e chegou a trancar com cadeado a grade onde ficam os vasilhames, para impedir a retirada.

Durante a discussão, segundo a versão do acusado, Luciano Senzack teria feito menção que sacaria uma arma, momento em que Mauro Victol foi até a caminhonete, pegou o revólver calibre 38 e disparou três tiros em Luciano, que ainda conseguiu chegar até o escritório da empresa, onde caiu e morreu.

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