Comissão monitora duplicação de avenida e reclama de infiltrações no asfalto
Duplicação da Avenida Guaicurus em Dourados deve ficar pronta neste mês, mas comissão cobra providências para resolver problemas, inclusive uso da ciclovia por carros e caminhões
Iniciada em 2013 pelo governo do Estado, a duplicação da Avenida Guaicurus, que liga o Centro de Dourados à Cidade Universitária, aeroporto e a várias empresas e propriedades rurais, deve ser concluída neste mês de novembro. Entretanto, os problemas visíveis na obra ainda preocupam a Comissão Pró-Guaicurus, criada para pressionar os políticos a duplicarem a rodovia após dezenas de acidentes com mortes.
Franz Mendes, presidente da comissão, informou ao Campo Grande News que após várias prorrogações – a última feita no atual governo, em maio deste ano – a obra deve ser inaugurada em dezembro, mês do aniversário de 80 anos de Dourados.
“Existem alguns problemas pontuais que exigem monitoramento constante da comissão. A ciclovia é um deles. Foi projetada para suportar bicicletas, mas é usada indevidamente por caminhões e máquinas agrícolas. Já cobramos providências da Agesul. O que desejamos é uma alternativa para bloquear o acesso desses veículos maiores no espaço das bicicletas. Caso contrário, em pouco tempo não teremos mais capa asfalto na ciclovia”, afirmou.
Segundo ele, outro problema são as rachaduras no asfalto em trechos da duplicação. “Por causa da drenagem inadequada, a capa asfáltica tem infiltração e rachaduras. Alguns pontos são justificados, já que a obra ainda não terminou e os reparos devem ser feitos até a entrega, mas vamos cobrar, porque o objetivo é que a obra seja entregue em perfeitas condições e com qualidade”, avaliou Franz Mendes.
Inquérito do MP – Em setembro deste ano, o MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito para investigar a qualidade da duplicação da Guaicurus. Orçada inicialmente em R$ 30 milhões, a obra deveria ter sido concluída em dezembro de 2014.
As empresas Guizard Junior e J Gabriel, contratadas por licitação no governo de André Puccinelli, formam o consórcio responsável pela duplicação. No início do ano o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) chegou a ameaçar cancelar o contrato por não concordar com a forma como a obra estava sendo feita, mas em maio deste ano a Agesul prorrogou o prazo por seis meses.
A duplicação é feita em trecho de 12 km, com a instalação de cinco rotatórias de acesso e cinco retornos, ciclovia, 24 pontos de ônibus e dez redutores de velocidade para travessia de pedestres. A avenida também recebe iluminação do perímetro urbano até a Cidade Universitária.