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JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 16º

Interior

Condenado por matar mulher por vingança com 16 facadas é preso

Juarez Gomes Ricaldes é acusado de assassinar Aline Lima Machado, no dia 13 de novembro de 2018

Por Bruna Marques | 02/06/2024 17:07
Juarez Gomes Ricaldes foi preso pelo Garras neste domingo (2) (Foto: Divulgação/PCMS)
Juarez Gomes Ricaldes foi preso pelo Garras neste domingo (2) (Foto: Divulgação/PCMS)

Foi preso na tarde domingo (2), o motorista Juarez Gomes Ricaldes, 43 anos, condenado por matar com 16 facadas a diarista Aline Lima Machado, 26, no dia 13 de novembro de 2018, na Rua Jacobina, no Bairro Jardim Inápolis, em Campo Grande. Ele foi capturado por policias do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), em Jaraguari, distante 47 quilômetros da Capital.

Contra ele havia mandado de prisão definitiva, expedido na última segunda-feira (27). Ele foi condenado pelo crime de homicídio qualificado pelo meio cruel e por recurso que dificultou a defesa da vítima.

Após receber a ordem do mandado de prisão, os policiais iniciaram diligências e conseguiu captura-lo em Jaraguari. Juarez foi encaminhado ao Garras e ficará à disposição da Justiça.

Local onde a vítima foi morta em 2018 (Foto: arquivo / Simão Nogueira)
Local onde a vítima foi morta em 2018 (Foto: arquivo / Simão Nogueira)

Julgamento – No dia 16 de novembro de 2023, durante o julgamento, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, Juarez Gomes Ricaldes disse que estava transtornado no dia crime. O motorista foi condenado a 12 anos de prisão.

Apontada como “facilitadora”, Aline era suspeita de participação no assassinato de Gabriel Ricaldes, de 74 anos, pai de Juarez. Dois meses antes de Aline ser assassinada, Gabriel foi encontrado morto com as mãos amarradas e sinais de espancamento, na tarde do dia 30 de setembro, na casa onde morava, no mesmo bairro em que Aline foi morta.

Ao juiz Carlos Alberto Garcete, Juarez disse que o comentário no bairro era de que Aline estava envolvida na morte do pai dele. Segundo o motorista, até a tia da vítima falava que ela tinha envolvimento no crime. Na época, Juarez trabalhava como motorista de ônibus e após a morte do pai passou a ter crises de choro e a tomar remédio controlado. Foi então que resolveu se mudar do bairro.

No dia do crime, ele havia voltado ao bairro, com a esposa e as duas filhas, para buscar o restante da mudança e a transferência de escola das meninas. A família foi até a casa onde vivia e lá tinha uma faca que foi usada para cortar barbantes e amarrar sacolas de roupas. Na volta, armado com a faca, Juarez avistou Aline andando com a filha na calçada, quando resolveu parar o carro e tirar satisfação.

“Eu estava transtornado, nervoso demais. Desci e fui tirar satisfação com ela. Perguntei por que tinha matado meu pai. Na hora, ela me fez um xingamento. Não entendi o que ela disse, porque estava muito nervoso e acabei desferindo os golpes”, disse.

Ao ser questionado pelo juiz, se o crime aconteceu na frente da filha da vítima, Juarez afirmou se lembrar apenas de ver a menina correndo. “Fiquei fora de mim. Dos golpes não lembro de nada, foi questão de segundos”, destacou.

Juarez sentado no banco dos réus durante julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri (Foto: Paulo Francis)
Juarez sentado no banco dos réus durante julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri (Foto: Paulo Francis)

Após o crime, Juarez fugiu para a casa do irmão numa fazenda e dias depois voltou para a cidade e se entregou. “Sempre fui um cara trabalhador. Nunca tive problema com nada. Jamais passou pela minha cabeça fazer isso. Fiz porque estava transtornado com a morte do pai”, lamentou.

Ao ser indagado pelo juiz se havia se arrependido, Juarez respondeu que sim e se emocionou. “Eu tinha minha profissão e as minhas duas filhas para criar. Nunca me envolvi nisso. Peço perdão por tudo que eu causei”. Juarez morava próximo à casa do pai, no Jardim Inápolis.

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