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Interior

Corpo de homem decapitado é encontrado em frente a quartel no Paraguai

É a quarta execução desde sábado e autoria é de grupo oposto aos "Justiceiros da Fronteira"

Lucia Morel e Helio de Freitas, de Dourados | 27/09/2021 18:49
Corpo encontrado esta tarde no lado paraguaio da linha internacional. (Foto: Direto das Ruas)
Corpo encontrado esta tarde no lado paraguaio da linha internacional. (Foto: Direto das Ruas)

Nova possível vítima dos grupos de extermínio que atuam na fronteira foi encontrada hoje. O corpo de homem tatuado e decapitado foi jogado em área do Exército paraguaio, a cerca de 5 km da linha internacional, na saída de Pedro Juan Caballero para Asunción. Ele estava embrulhado em saco e a cabeça ao lado. Também possuía um profundo corte na barriga.

É a quarta execução na fronteira seca entre Pedro Juan e Ponta Porã (MS) desde sábado, quando o brasileiro Rogerio Laurete Buosi, 26, natural de Rondonópolis (MT), foi executado a tiros de pistola na casa onde vivia no Bairro Defensores Del Chaco, no lado paraguaio. Ele morava em Pedro Juan Caballero há dois meses.

Grupo contrário aos "Justiceiros" esclarece em recado que irá revidar mortes. (Foto: Direto das Ruas)
Grupo contrário aos "Justiceiros" esclarece em recado que irá revidar mortes. (Foto: Direto das Ruas)

Ao lado do corpo, foi encontrado papel com a frase “não roubar na fronteira”, assinado pelo grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira”.

A segunda execução por volta de meio-dia, no lado paraguaio, onde Jorge Ortega García, 27, foi morto com tiros de fuzil por três matadores em uma caminhonete Renault verde. Também hoje, a série de execuções vitimou o ex-vereador e empresário Joanir Subtil Viana, 53. Ele foi morto a tiros por volta de 13h30, no centro de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

Ainda não há identificação do homem encontrado decapitado, mas informações extra-oficiais dão conta de que ele seria de grupo rival de Rogerio. Junto ao corpo encontrado hoje, também havia bilhete, dizendo: "Nós do crime estamos deixando claro que não iremos mais admitir covardias cometidas por esses justiceiros, seja quem for".

Pelas tatuagens no corpo do homem, ele seria integrante da facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital).

*Matéria alterada às 23h37 para correção de informações.

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