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Interior

Nem morto tem paz: ladrão leva dinheiro de vítima de pistoleiros

Vídeo mostra homem roubando celular e dinheiro do bolso de rapaz assassinado hoje

Helio de Freitas, de Dourados | 27/09/2021 16:23
Ladrão mexe no bolso da calça de vítima de execução para pegar dinheiro. (Foto: Reprodução)
Ladrão mexe no bolso da calça de vítima de execução para pegar dinheiro. (Foto: Reprodução)

A banalização da criminalidade assusta até mesmo quem está acostumado com décadas de banho de sangue na fronteira seca entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. Antes “protegida” dos assaltantes pelos chefões do crime organizado, as cidades gêmeas Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande) agora têm roubos em plena luz do dia.

Nem mesmo os mortos pelos pistoleiros estão livres dos ladrões. Um morador gravou o momento em que assaltante roubou dinheiro e o celular de Jorge Ortega García, 27, executado com dez tiros de fuzil por volta de meio-dia de hoje (27), no lado paraguaio da fronteira.

Nas imagens, é possível ver o momento em que o homem ainda não identificado coloca a mão no bolso dianteiro direito da calça do rapaz e pega o celular. Depois, revista o bolso esquerdo, pega dinheiro e coloca no bolso da própria bermuda.

Veja o vídeo:

Sem antecedentes criminais, o rapaz tinha acabado de ser atacado por três pistoleiros armados com fuzis e morto com pelo menos dez tiros, três dos quais explodiram seu crânio. Até agora, a polícia segue sem pista dos pistoleiros.

Jorge Ortega García foi o segundo morto por pistoleiros só na tarde desta segunda-feira, nos dois lados da fronteira entre as duas cidades. Por volta de 13h30, no centro de Ponta Porã, o ex-vereador e empresário Joanir Subtil Viana, 53, foi fuzilado dentro de sua caminhonete F1000 verde.

Dono de loja de pneus no distrito de Sanga Puitã, nas margens da BR-463, Joanir tinha sido preso com outras sete pessoas e 93 quilos de cocaína em 2009. Condenado a 14 anos e seis meses de prisão, passou dois anos preso na penitenciária de Dourados.

Em abril de 2012, ele reassumiu a cadeira na Câmara, mesmo cumprindo a pena em regime semiaberto. No mês seguinte, foi cassado por quebra de decoro e depois disso, se afastou da política.

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