Defesa alega que tiro em empresária foi acidental
Advogado negocia a apresentação de Fausto Junior e vai pedir que ele fique em liberdade durante investigações
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O advogado de Fausto Júnior Aparecido de Oliveira, de 31 anos, afirma que o disparo que matou a empresária Mirieli Santos, de 26 anos, foi acidental. O caso ocorreu na madrugada deste sábado (22), na residência do casal, no bairro Jardim Paraíso, em Água Clara, a 193 km de Campo Grande. A suspeita inicial é de feminicídio.
RESUMO
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O advogado de Fausto Júnior Aparecido de Oliveira, de 31 anos, afirma que o disparo que matou a empresária Mirieli Santos, de 26 anos, foi acidental. O caso ocorreu em Água Clara, MS, e é investigado como feminicídio. Fausto está foragido após deixar Mirieli no hospital, onde ela faleceu. Segundo a defesa, o tiro ocorreu durante uma briga, quando Mirieli teria atirado duas vezes por ciúmes e, na tentativa de desarmá-la, Fausto a atingiu. A defesa busca que ele responda em liberdade, alegando que ele não representa risco à investigação.
Ao Campo Grande News, o advogado Marcos Ivan Silva informou que está a caminho do município para negociar a apresentação do cliente junto ao delegado responsável pelo caso. Fausto está foragido desde que deixou a vítima no hospital, onde ela não resistiu aos ferimentos.
Segundo o advogado, o cliente relatou que o disparo ocorreu durante uma briga entre os dois. Fausto afirmou que mantinha uma arma em casa por segurança, já que anos atrás foi absolvido de uma acusação de tentativa de homicídio e temia retaliações.
“Ele me disse que Mirieli atirou duas vezes contra ele, por ciúmes. Durante a luta para desarmá-la, ela acabou sendo baleada no abdômen. Fausto deixou a arma do crime e os projéteis na residência e a levou para o hospital, mas, infelizmente, ela não resistiu”, declarou o advogado.
“Ele tem propriedade na cidade, é empresário e gera empregos. Esses são fatores que podem demonstrar ao juízo que ele não representa risco à investigação. Caso necessário, poderia ser imposta alguma medida de vigilância, mas, neste momento, a lei assegura que ele permaneça em liberdade”, acrescentou Marcos Ivan.
Quarto feminicídio do ano - O irmão de Mirieli relatou à polícia que, durante a madrugada, estava na casa de Fausto com outras pessoas quando a vítima chegou e iniciou uma discussão com o suspeito. O ex-casal entrou na residência e, pouco depois, os presentes ouviram os disparos.
Ao entrar no imóvel, o irmão encontrou Mirieli caída no chão. Ele a socorreu e, junto com Fausto, levou a jovem ao hospital no carro do suspeito. No entanto, após deixá-los na unidade de saúde, Fausto fugiu, abandonando a camionete no local.