ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUINTA  26    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Depois de ouvir 20 testemunhas, polícia indicia PM por morte em shopping

Polícia Civil também fez oito perícias e 13 diligências sobre assassinato de bioquímico no shopping de Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 18/07/2019 18:30
Policial militar Dijavan Batista dos Santos é acusado de matar homem dentro do shopping de Dourados (Foto: Arquivo)
Policial militar Dijavan Batista dos Santos é acusado de matar homem dentro do shopping de Dourados (Foto: Arquivo)

O delegado Francis Flávio Tadano Araújo Freire, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, concluiu nesta quinta-feira (18) o inquérito sobre o assassinato do bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho, 43, ocorrido no dia 8 deste mês dentro do cinema do Shopping Avenida Center, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

O cabo da Polícia Militar Dijavan Batista dos Santos, 37, foi indiciado por homicídio. Desde sexta-feira (12) ele está no Presídio Militar em Campo Grande. O PM alega que o disparo foi acidental, no momento em que Julio tentava tomar sua arma.

Em nota enviada nesta tarde pela Polícia Civil, o delegado afirma que as imagens do sistema de câmeras do cinema do shopping ratificaram as provas testemunhas de que, antes do disparo, a vítima teria agredido fisicamente o policial.

Francis Tadano Freire afirma ainda que o indiciamento do PM por homicídio foi mantido ao final do inquérito “haja vista a existência da versão que o disparo da arma de fogo ocorreu quando a contenda tinha momentaneamente encerrado”.

Conforme o delegado, durante os dez dias de inquérito foram ouvidas 20 testemunhas e feitas oito perícias e 13 audiências.

A investigação comprovou que a morte de Julio Cesar ocorreu por traumatismo crânio-encefálico produzido por projétil de arma de fogo. “Ficou esclarecido que ocorreu um único disparo a curta distância”.

Dijavan estava armado com uma pistola marca Smith & Wesson calibre 40 sem registro, ou seja, uma arma ilegal. Ele alegou em depoimento que ganhou a arma do pai, já morto, e usava por ser mais fácil de carregar junto ao corpo por ser menor que a pistola da Polícia Militar.

Ainda na nota informando sobre a conclusão do inquérito, o delegado cita que a sala 1 do cinema possui capacidade para 300 pessoas e foram vendidos 81 ingressos para a sessão. “No cinema havia dezenas de crianças e adolescentes, inclusive vindas de ônibus de excursão de Batayporã”. Estava em cartaz o filme “Homem Aranha – Longe de Casa”.

O delegado cita que a discussão entre autor e vítima começou por conta da ocupação indevida de poltrona. Francis Araújo informou que o inquérito já foi encaminhado ao Fórum de Dourados e os exames periciais ainda em curso serão encaminhados tão logo sejam concluídos.

Nos siga no Google Notícias