Depois de um ano afastada pela justiça, petista reassume prefeitura
A prefeita de Miranda, a 201 quilômetros de Campo Grande, Juliana Pereira Almeida (PT), que foi eleita em 2013 e teve o mandato cassado em junho do ano passado volta hoje ao cargo. A solenidade de posse que ocorreu nesta manhã na Câmara Municipal cumpre decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que suspendeu a cassação da prefeita e do vice-prefeito Sidnei Barbosa de Araújo (PSC), em 25 de junho.
A decisão para a posse da prefeita foi publicada na sexta-feira (15). A posse não ocorreu antes porque o acórdão não pôde ser publicado a tempo, antes do recesso do TSE, segundo o advogado de Juliana, Valeriano Fountoura. O mandato de Juliana foi cassado depois da denúncia de compra de votos de indígenas.
A ação foi movida por Marlene Bossay (PMDB), que esteve no comando da prefeitura de junho de 2013 até agora. Indígenas disseram que venderam os votos e por isso o juiz decidiu pela cassação.
Segundo Valeriano, a situação foi revertida porque seis testemunhas relataram que a oposição incentivou as pessoas a mentir sobre a compra de votos. “Essa decisão se esgota no tribunal superior, pois a Justiça entendeu que essas pessoas que disseram que houve compra de voto foram cooptadas pela coligação da Marlene”, disse o advogado de Juliana.
Para o advogado de Marlene, José Eduardo Chemin Cury, a troca de prefeitas deve gerar prejúizos a cidade. “Isso vai causar uma instabilidade geral no município, que vinha crescendo, se desenvolvendo bem com a atual gestão. Essa decisão passa por cima de várias súmulas. Já entramos com pedido de mandado de segurança, que foi negado e ainda um embargo de declaração, que ainda não foi apreciado”, disse o advogado, ao destacar que continuará tentando fazer com que a Justiça devolva a prefeitura a Marlene.