Dias antes de ataque a indígenas, 2 seguranças foram flagrados com armas
Casal estava em caminhonete com armas e disse que trabalha para fazendeiros da região de conflito
Dois dias antes de ataque que deixou 10 indígenas feridos na região de Douradinha, a Força Nacional flagrou casal armado dentro de caminhonete, depois de tiros disparados dentro do acampamento guarani-kaiowá, comunidade que disputa terras com fazendeiros.
Indígena levou tiro de raspão no tornozelo direito Um homem e uma mulher, não identificados, foram encaminhados à sede da Polícia Federal e disseram que foram contratados como seguranças de produtores rurais da região. Depois de prestar depoimento, ambos acabaram liberados. Ainda segundo a Força Nacional, as duas armas encontradas com eles foram apreendidas.
Esse episódio ocorreu dentro dos acampamentos chamados pelas comunidades de “Kurupa’yty” e “Pikyxyin”, que compreendem várias propriedades rurais em Douradina. No total, são sete acampamentos espalhados pela área, as chamadas "retomadas" pelos povos tradicionais.
Ontem (3), novo ataque foi registrado contra o grupo, desta vez, 10 indígenas ficaram feridos. Alguns por arma de fogo, outros por balas de borracha.
A Delegacia da Polícia Federal em Dourados informou, através da assessoria da PF, que foi instaurado inquérito para investigar o suposto atentado a tiros de quinta-feira. Vestígios foram encaminhados para a perícia. O mesmo procedimento deve ser adotado sobre o ataque de sábado.
No dia 2 de agosto, última sexta-feira, os indígenas foram oficialmente intimados a deixarem a área pacificamente. Eles tem até o dia 7 para a retirada.
