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Interior

Diretor do Instituto Penal é nomeado interventor do maior presídio de MS

Leoney Barbosa assume PED no lugar de Rangel Schveiger, alvo de operação sobre mortes em presídios

Por Helio de Freitas, de Dourados | 14/02/2025 09:42
Diretor do Instituto Penal é nomeado interventor do maior presídio de MS
Policial da Ficco/MS durante buscas no âmbito da Operação Sátrapa, ontem (Foto: Divulgação)

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) nomeou o diretor do Instituto Penal de Campo Grande como interventor da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), maior presídio de Mato Grosso do Sul.

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O diretor do Instituto Penal de Campo Grande, Leoney Martins Duarte Barbosa, foi nomeado interventor da Penitenciária Estadual de Dourados (PED), maior presídio de Mato Grosso do Sul, substituindo Rangel Schveiger, afastado por determinação judicial. Rangel, que comandava a PED desde setembro de 2023, é investigado na Operação Sátrapa, que apura homicídios em presídios. A operação cumpriu mandados de busca em várias cidades e Rangel foi monitorado por tornozeleira eletrônica. A Agepen também nomeou Richard Dias como diretor-adjunto da PED e promoveu mudanças na Diretoria do Patronato Penitenciário de Dourados, onde Gislaine de Souza Fonseca Schveiger foi substituída por Laiza Fernanda Martini da Silva.

O policial penal Leoney Martins Duarte Barbosa assume o cargo como diretor interino na condição de interventor em substituição a Rangel Schveiger, afastado nesta quinta-feira (13) por determinação judicial.

No comando da PED desde setembro de 2023, Rangel é investigado no âmbito da Operação Sátrapa, deflagrada ontem pela Ficco/MS (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Mato Grosso do Sul). A ação apura supostos homicídios ocorridos dentro de presídios. Pelo menos um teria ocorrido na penitenciária de Dourados.

Assinada pelo diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, a nomeação de Leoney Barbosa como interventor foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul. Também foi publicada hoje (14) a dispensa de Rangel Schveiger do cargo de diretor da PED, tornando oficial no âmbito administrativo a ordem judicial que o afastou do posto.

Rodrigo Rossi Maiorchini também nomeou o policial penal Richard Dias como diretor-adjunto da Penitenciária Estadual de Dourados, em substituição a Khristian Andre Ribeiro Negri, que saiu de férias.

A Agepen ainda promoveu mudança na Diretoria do Patronato Penitenciário de Dourados. Gislaine de Souza Fonseca Schveiger, esposa de Rangel, foi dispensada do cargo de diretora. Assume o posto a policial penal Laiza Fernanda Martini da Silva, atual diretora do Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto, Aberto e Assistência ao Albergado de Dourados. Ela vai acumular os dois cargos.

Diretor do Instituto Penal é nomeado interventor do maior presídio de MS
Policiais da Fico/MS durante operação desta quinta-feira (Foto: Divulgação)

A operação - A Operação Sátrapa cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Dourados, Rio Brilhante, Naviraí e Marília (SP). Além do afastamento, a Justiça determinou que Rangel seja ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Conforme a Ficco/MS, a investigação teve início no ano passado, após o recebimento de informações sobre um policial penal flagrado entrando na PED com drogas e celulares. O nome desse policial não foi revelado.

Durante a investigação, a polícia identificou o envolvimento de policiais penais com, ao menos, um homicídio cometido dentro da penitenciária de Dourados.

Líder de facção criminosa, um interno da PED teria participado do crime. Atualmente ele está recolhido em presídio federal. A mulher dele, advogada, também é suspeita de participação no assassinato.

A PF não informou qual teria sido o envolvimento do diretor afastado. Em nota, o advogado Ângelo Magno Lins do Nascimento afirmou que ao longo de toda a sua trajetória como policial penal e servidor público, de Rangel Schveiger sempre atuou com seriedade e comprometimento no combate ao crime organizado e às facções criminosas, “jamais dando qualquer motivo para que seu nome fosse associado a tais atividades ilícitas”.

Nome da operação – Sátrapas eram governadores de Satrapias, na antiga Pérsia. Indivíduos poderosos, arbitrários e tiranos, se utilizavam do aparato estatal para atingir seus interesses pessoais, incluindo jogar pessoas contrárias ao seu governo em cova dos leões, “assim como os crimes apurados nesta investigação”, segundo a Ficco/MS.

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