Dupla é presa por incêndios a veículos que levaram terror ao interior de MS
Polícias Civil e Militar e Força Nacional identificaram autores, que disseram ter causado incêndios após uso de drogas e bebidas
Os três incêndios consecutivos a veículos em poucas horas, que causaram medo em moradores de Caarapó –a 283 km de Campo Grande– entre quarta (24) e quinta-feira (25) diante do temor da ação de facções criminosas, foram, na verdade, atos de vandalismo provocados por duas pessoas que consumiram drogas e bebidas alcoólicas.
A informação partiu da Polícia Civil que, com o apoio da Polícia Militar e da Força Nacional, iniciou já na madrugada de quinta buscas por autores e destacou ter esclarecido os fatos. Imagens de câmeras de segurança, informações de moradores e outras pistas levaram os policiais a prenderam, no sábado (27), Emerson Procópio de Oliveira e Paulo Ricardo Cáceres de Lima.
Levados à delegacia, eles confessaram os incêndios, justificados pelo uso de altas doses de drogas e bebidas alcoólicas que o levaram a cometer os crimes “por puro vandalismo, após verem que os veículos estavam abertos, com fácil acesso”, relatou a Polícia Civil.
Emerson e Paulo, por volta das 23h, queimaram um Ford Escort que estava com o vidro aberto e estacionado na Rua da Saudade. Meia hora depois, incendiaram uma Ford F-4000 na Rua Pastor Justo Penha, ao perceberem que a porta da caminhonete estava aberta. Por fim, um caminhão Ford F-1000 parado na Avenida Arsênio Cardoso foi queimado por Emerson, que avistou o vidro aberto.
A dupla foi indiciada por dano qualificado pelo emprego de fogo.
A Polícia Civil reiterou que os fatos se deram por vandalismo, “não havendo nenhuma ligação com qualquer tipo de organização criminosa ou algo do tipo”. O temor com a ação de facções havia tomado as redes sociais depois dos fatos. Caarapó fica próxima à fronteira com o Paraguai, palco de crimes violentos, sendo ainda caminho conhecido por traficantes e contrabandistas e autores e outros ilícitos.
“Os veículos foram escolhidos aleatoriamente e as vítimas não têm nenhum envolvimento com os autores”, prosseguiu a corporação, em nota, ao recomendar que a população dote medidas mínimas de segurança em relação aos seus veículos –que, caso estivessem com vidros e portas fechados, não teriam sido alvo dos autores.