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Interior

“É narrativa da oposição”, diz ex-prefeito suspeito de ser mandante de execução

Ex-prefeito foi preso com armas em casa; ele e dois PMs são investigados por morte de ex-vereador de Anastácio

Por Dayene Paz | 17/05/2024 13:44
Duas carabinas e pistola apreendidas na casa de ex-prefeito. (Foto: Gaeco/Divulgação)
Duas carabinas e pistola apreendidas na casa de ex-prefeito. (Foto: Gaeco/Divulgação)

Alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) em investigação sobre o assassinato do ex-vereador Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital, de 40 anos, ocorrido em 8 de maio, o ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB), publicou uma nota de esclarecimento e nega envolvimento com o crime, classificando a ação policial desta sexta-feira (17) como "arbitrária".

Ele foi alvo apenas de mandados de busca e apreensão, mas acabou preso em flagrante com três armas em casa. Levado para a delegacia de Polícia Civil de Anastácio, Douglas se manifestou através de uma nota, enviada à imprensa pela equipe de assessoria dele.

"Lamento veementemente a forma arbitrária como a operação foi conduzida em minha residência. A ação configura-se como uma flagrante tentativa de me desmoralizar e inviabilizar minha candidatura baseada em narrativa criada por opositores".

Na nota, o ex-gestor e pré-candidato à prefeitura, afirma que a operação policial tem viés político evidente. "Motivada por minha liderança nas pesquisas eleitorais. É inaceitável que se usem métodos tão questionáveis para tentar me silenciar e impedir que eu continue na pré-campanha que dia a dia tem mais apoio".

Sobre a prisão, afirma que as armas encontradas na casa dele são antigas e que errou em não buscar o registro. "(...) responderei perante a lei. Contudo, apesar de estar indignado com as medidas tomadas ao arrepio da lei, me sinto aliviado, pois assim a Justiça poderá dizer à sociedade de uma forma ampla que nada tenho a ver com os fatos ocorridos no dia 8 de maio", disse Douglas.

Douglas classificou a morte de Dinho Vital como uma fatalidade, na qual não tem envolvimento. "Resultado de um momento de destempero e excessos, gravados em vídeo. Não participei de discussão com ele, não briguei e muito menos estava no local no ocorrido e lamento profundamente o que aconteceu. Confio plenamente na justiça e tenho convicção de que minha inocência será provada", disse.

Entenda - Douglas e dois policiais militares, identificados como Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, e Bruno César Malheiros dos Santos, são investigados pela morte de Dinho Vital, ocorrida no fim da tarde do dia 8 de maio.

As informações são de que o caso esteja ligado a briga política e que os dois militares envolvidos, que atiraram em Dinho, faziam parte da equipe de segurança particular contratada por Douglas Figueiredo - apontado como mandante do crime.

Dinho foi morto na BR-262, logo após brigar com o ex-prefeito Douglas Melo Figueiredo, durante festa de comemoração do aniversário de 59 anos de Anastácio, em uma chácara próxima à rodovia.

Segundo relataram testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com o ex-prefeito na festa. A briga começou depois que o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou que lançaria Douglas pré-candidato pelo partido, e foi separada por outros frequentadores.

O ex-vereador saiu, voltou armado e ficou às margens da rodovia com o carro Fiat Toro. Abordado, os policiais militares disseram que Dinho Vital reagiu e houve troca de tiros, quando o ex-vereador acabou foi atingido. O Toro ficou com o pneu furado na rodovia e uma arma também foi encontrada próxima ao corpo.

Apesar do relato de troca de tiros dado pelos militares, a reportagem apurou que um dos disparos foi pelas costas de Dinho, que transfixou o peito. O outro na barriga, que pegou superficialmente na pele e saiu próximo ao umbigo.

Em nota, a Polícia Militar alega que os militares viram na rodovia uma pessoa armada com pistola, que seria Dinho, anunciaram que eram policiais e ordenaram que colocasse a arma no chão. "(...) mesmo assim o homem não acatou a ordem legal dos PMs e, com arma em punho, partiu em direção aos policiais".

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