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Interior

Em área de conflito, juiz ouve indígenas sobre violações de direitos

Magistrado fez inspeção judicial nesta segunda-feira na comunidade Kurupi, em Naviraí

Helio de Freitas, de Dourados | 12/06/2023 13:43
O juiz federal Rodrigo Vaslin (1º à esq.) conversa com indígeas da área Kurupi, em Naviraí (Foto: Divulgação/Cimi)
O juiz federal Rodrigo Vaslin (1º à esq.) conversa com indígeas da área Kurupi, em Naviraí (Foto: Divulgação/Cimi)

O juiz federal Rodrigo Vaslin fez inspeção judicial nesta segunda-feira (12) na comunidade indígena Kurupi, no município de Naviraí. O local já foi palco de ataques contra os guaranis-kaiowás que lutam pela demarcação das terras.

Em ação inédita no município, o magistrado foi até a área, onde existe atualmente a Fazenda Tejuy, para ouvir os indígenas sobre diversas violações de direitos humanos sofridas pela comunidade.

Segundo o advogado Anderson Santos, assessor jurídico do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) em Mato Grosso do Sul e que acompanhou a visita, o juiz disse aos indígenas que está atento às necessidades e busca, através de decisões judiciais, fazer com que a Funai conclua o procedimento administrativo de identificação e delimitação da área, parado há mais de uma década.

“A comunidade recebeu de forma receptiva o juízo federal e considerou produtiva a visita, pois pôde expor, além da questão territorial, diversos outros direitos não assistidos pelo Estado brasileiro”, afirmou Anderson Santos.

A visita foi acompanhada por representantes do MPF (Ministério Público Federal) e por efetivos da Polícia Federal e Força Nacional de Segurança Pública.

No mês passado, a Justiça Federal em Naviraí (a 363 km de Campo Grande) havia determinado a suspensão da construção de uma cerca que isolava os indígenas. A obra defendida por fazendeiros da região tinha sido autorizada pelo magistrado em abril, mas ele voltou atrás e mandou suspender a construção.

O serviço tinha começado no dia 22 de abril, acompanhado Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Militar. A medida foi considerada excessiva, tanto pelo uso da força policial quanto pela arbitrariedade do Poder Judiciário ao ordenar a construção da cerca.

Indígenas conversam com juiz e outras autoridades em área de conflito (Foto: Divulgação/Cimi)
Indígenas conversam com juiz e outras autoridades em área de conflito (Foto: Divulgação/Cimi)


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