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Interior

Em assembleia, auditores da Receita Federal decidem manter greve

Liberação de cargas de importação e exportação está parada em postos aduaneiros em Corumbá, Ponta Porã e Mundo Novo

Helio de Freitas, de Dourados | 27/10/2016 12:29
Caminhões parados no posto aduaneiro da Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Ponta Porã Informa)
Caminhões parados no posto aduaneiro da Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Ponta Porã Informa)

A greve dos auditores da Receita Federal do Brasil vai continuar nos postos aduaneiros instalados na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. A decisão foi tomada em assembleia realizada hoje (27) em Mundo Novo, Ponta Porã e Corumbá.

A mobilização nos postos aduaneiros em protesto pelo não cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado em março deste ano, foi retomada na semana passada. A categoria reclama que o projeto de lei apresentado ficou completamente diferente do que tinha sido definido no acordo.

“Ontem for apresentado novo substitutivo do relatório do deputado Wellington Roberto sobre o PL 5864/2016. Veio pior que o anterior, um verdadeiro atentado jurídico e contrário à retração orçamentaria pela qual o país está passando”, comentou um auditor que trabalha em, Ponta Porã. Entre as reivindicações, os auditores cobram reajuste salarial de 21,3%.

Divisa com PR – Em Mundo Novo, a 476 km de Campo Grande, cinco auditores fiscais estão em greve, com todos os serviços internos parados. O despacho de cargas funciona, mas não às terças e quintas. “Nesses dias só desembaraçamos cargas sensíveis”, informou a representante sindical Yone de Oliveira.

Em Corumbá, a 419 km da Capital, na fronteira com a Bolívia, os auditores também decidiram hoje continuar na semana que vem com a mobilização retomada na semana passada.

Conforme a auditora fiscal Francielle Araújo de Marco, nas terças e quintas 100% dos carros e caminhões que chegam ao posto Esdras são parados e passam pelo scanner.

Apenas cargas perecíveis e consideradas perigosas são liberadas. A situação vai se repetir semana que vem e nova assembleia só deve ocorrer no dia 11 de novembro.

Em Ponta Porã, a 323 km da Capital, a mobilização afeta o despacho aduaneiro, com concentração maior no chamado “canal vermelho”, onde é feito o procedimento de verificação física de todas as mercadorias transportados nos veículos de carga, o que torna o serviço bem mais demorado e provoca filas de caminhões.

Criticado pelos auditores, o projeto de lei compartilha o reconhecimento da autoridade administrativa, tributária e aduaneira da União dos auditores fiscais com os analistas tributários. O sindicato nacional dos auditores afirma que as alterações mexem na carreira e desestruturam a Receita Federal.

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