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Interior

Protesto de auditores fiscais forma fila de caminhões em fronteira de MS

Priscilla Peres | 19/10/2016 08:45
Greve dos auditores provoca longas filas na zona de fronteira de Corumbá com a Bolívia. (Foto: Diário Corumbaense)
Greve dos auditores provoca longas filas na zona de fronteira de Corumbá com a Bolívia. (Foto: Diário Corumbaense)

Auditores fiscais da Receita Federal fazem hoje, o segundo dia de mobilização nos postos aduaneiros fronteiriços. Em MS, há protestos em Mundo Novo e Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e em Corumbá, na fronteira com a Bolívia.

Em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, a adesão de 14 auditores a mobilização formou filas quilométricas na fronteira com a Bolívia. “Todas as operações em zona secundária, realizadas pela equipe de vigilância e repressão, no combate ao descaminho, tráfico, contrabando e outras ações estão suspensas", afirma o auditor fiscal Hermano Toscano.

Segundo informações do site Diário Corumbaense, no Posto Esdras é realizada operação padrão, com todos os veículos de transporte de carga para exportação, passando pelo scanner. Dentro do Porto Seco, os despachos são mais criteriosos e demorados o que causa as filas.

Ainda dentro do protesto, os servidores entregaram as funções em comissão. “Todas as chefias, com exceção do inspetor-chefe, aqui em Corumbá, foram devolvidas. Houve um ato e todos devolveram as funções gratificadas. Agora todas as demandas serão encaminhadas para o inspetor-chefe, para que ele dê seguimento”, disse Toscano ao Diário Corumbaense.

Paralisação - A mobilização dos auditores foi retomada pelo não cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado em março deste ano com o governo federal.

Em todo o país, os protestos foram retomados em vários estados, inclusive com greve em algumas cidades, após o projeto de lei ser apresentado no dia 11 deste com as emendas que desagradaram a categoria. Entre as reivindicações, os auditores cobram reajuste salarial de 21,3%.

Em julho, a mobilização provocou filas de caminhões em Corumbá, Mundo Novo e Ponta Porã, além de protestos em portos e aeroportos em todo o país, obrigando o Ministério do Planejamento a negociar o envio do projeto do reajuste para o Congresso Nacional.

O acordo firmado em março, ainda no governo de Dilma Rousseff, previa o reajuste já a partir de agosto.

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