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Interior

Em tocaia, pistoleiros atiraram pelas costas de comerciante indígena

Sobrevivente de atentado em agosto, Vitorino Sanches foi morto por dois homens ontem à tarde em Amambai

Helio de Freitas, de Dourados | 14/09/2022 09:08


O indígena Vitorino Sanches, 60, executado na tarde de ontem (13) em Amambai (a 351 km de Campo Grande), foi atingido por cinco tiros nas costas, disparados de curta distância, o chamado “à queima roupa”. Os atiradores estavam de moto e até agora não foram identificados. Ele chegou a ser socorrido (veja o vídeo acima), mas morreu no hospital da cidade.

Sobrevivente de uma emboscada no dia 1º de agosto deste ano, quando pelo menos 15 tiros foram disparados em sua caminhonete Hilux, Vitorino tinha um mercado na Aldeia Amambai e era agricultor.

Apesar de o comerciante ser influente na comunidade, onde já tinha sido candidato a vereador, moradores da área indígena informaram ao Campo Grande News que ele não ocupava posto de liderança na atualidade e não tinha ligação com a ocupação da Fazenda Borda da Mata, palco do Massacre de Guapoy, em junho deste ano.

Na espreita – Os dois matadores estavam seguindo Vitorino Sanches e esperavam o momento exato para atacá-lo. Por volta de 16h30 de ontem, quando voltava para seu veículo estacionado na Rua General Câmara, no centro de Amambai, ele foi atingido pelas costas e caiu na calçada. Levado para o hospital, morreu logo em seguida.

Segundo informações levantadas pela Polícia Civil, os dois homens ficaram encostados na moto, esperando o comerciante passar por eles. Quando se preparava para entrar em seu veículo, Vitorino foi alvejado pelas costas.

A reportagem apurou que não foram localizadas cápsulas deflagradas, ou seja, os pistoleiros possivelmente usavam revólver. A polícia ainda considera prematuro ligar o assassinato ao atentado de agosto. Diligências estão sendo feitas desde a tarde de ontem, mas nada de concreto foi descoberto até agora.

Ao Campo Grande News, a Superintendência da Polícia Federal informou que vai acompanhar o caso, mas afirma que, até o momento, o assassinato de Vitorino Sanches tem características de crime comum e vai ser investigado pela Polícia Civil.

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