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Interior

Polícia Civil investiga atentado contra indígena em área de confronto

Caminhonete de comerciante foi alvejada por 15 tiros; dois disparos atingiram a vítima no braço

Helio de Freitas, de Dourados | 02/08/2022 11:41
Marca de tiro na porta de caminhonete ocupada por comerciante indígena baleado em Amambai (Foto: Reprodução)
Marca de tiro na porta de caminhonete ocupada por comerciante indígena baleado em Amambai (Foto: Reprodução)

O atentado a tiros contra o comerciante indígena Vitorino Sanches, 60, ocorrido ontem (1º) em Amambai (a 531 km de Campo Grande), está sendo investigado pela Polícia Civil. Ele foi ferido com dois disparos no braço esquerdo quando chegava na Aldeia Amambai em sua caminhonete Toyota Hilux, por volta de 11h de ontem.

Pelo menos 15 tiros atingiram o veículo. Testemunhas afirmam que os atiradores estavam em uma moto Honda Biz vermelha. Vitorino já teve alta e está em casa, na aldeia.

Nesta terça-feira, a Polícia Federal informou ao Campo Grande News que acompanha os fatos, mas por enquanto a investigação ficará a cargo da Polícia Civil.

Por meio da assessoria de imprensa, a Superintendência em Mato Grosso do Sul informou que os indícios apontam para crime comum e não contra a comunidade indígena – “esta sim sob a responsabilidade constitucional da Polícia Federal”.

Moradores da aldeia ouvidos ontem pela reportagem afirmam suspeitar de ligação do ataque à eleição interna de domingo (31), que elegeu Arsênio Vasques como capitão (espécie de líder político da aldeia) e a professora Lurdelice Moreira Nelson como vice-capitã.

Segundo os moradores, Vitorino não tem ligação com o grupo que ocupa a Fazenda Borda da Mata, onde o indígena Vito Fernandes, 42, foi morto a tiros durante confronto com policiais do Batalhão de Choque da PM, no dia 24 de junho. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre as investigações.

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