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Interior

Estrada interditada há 7 meses por erosões ainda depende de projeto

Ricardo Campos Jr. | 03/01/2017 17:53
Trecho da MS-180 ainda está repleto de erosões ao longo da pista (Foto: Direto das Ruas)
Trecho da MS-180 ainda está repleto de erosões ao longo da pista (Foto: Direto das Ruas)
Trecho da MS-180 que cedeu em maio durante as chuvas (Foto: Direto das Ruas)
Trecho da MS-180 que cedeu em maio durante as chuvas (Foto: Direto das Ruas)

Com alguns trechos interditados há sete meses por estragos causados pelas chuvas, a MS-180 ainda depende de projeto executivo para ser consertada. Os motoristas que usam a rodovia, que liga as cidades de Juti e Iguatemi, estão fazendo desvio por uma estrada de chão no quilômetro 70 e quando chove, segundo relatos de internautas, o lugar fica intransitável para carros de passeio e motos.

O problema é que a pavimentação da pista, que foi empenhada na gestão passada e custou R$ 123 milhões aos cofres públicos, não foi sequer entregue oficialmente e desde maio de 2016 sofre com a ação de temporais.

A Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) informou ao Campo Grande News que a licitação para contratar empresa que elabore o projeto de restauração está prevista para ser lançada somente no dia 2 de fevereiro.

Enquanto isso, um comitê ligado ao Conselho de Governança da Segov (Secretaria Estadual de Governo) trabalha para acionar judicialmente a empreiteira responsável pelo serviço. “Estamos preparando a ação para ressarcir os prejuízos causados pela MS-180”, explica Felipe Matos, presidente do grupo.

Segundo eles, como a obra foi tocada pela Agesul durante a gestão passada, a atuação da Procuradoria-Geral dependia de um decreto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) autorizando a intervenção, que já foi publicado.

Como ações judiciais tendem a se prolongar, o governo tem gastado valores extras para consertos paliativos. A MS-180 já recebeu uma dessas intervenções durante o ano passado.

A agência conseguiu classificar aquelas obras como emergenciais para dispensa de licitação e gastou R$ 433,5 mil na recuperação de um trecho no quilômetro 95.

Na época, o desvio para que os motoristas fugissem do trecho problemático demorou a sair e os carros se arriscavam entre as fendas sobre um asfalto rachado. Porém, há relatos semelhantes em pelo menos outros trechos, como os km 15 e 30.

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