Fibria e sindicato não entram em acordo e negociação salarial vai à Justiça
Aconteceu hoje a última tentativa de acordo entre o Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose de Três Lagoas) e a Fibria para definir o valor de reajuste salarial dos funcionários da fábrica. A reunião foi intermediada pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Foram quatro horas de negociação, mediado por Ednézia Freire Zazyki do MTE, sem que as partes chegassem a um acordo. “Tentamos facilitar para a empresa propondo outras maneiras de chegar ao valor que queremos, mas, infelizmente a Fibria se mostrou resistente aos nossos anseios”, explicou o presidente do Sindicato, Almir Morgão.
A empresa se dispôs a conceder reajuste de 7% a seus funcionários que por sua vez, pedem 8,33% de aumento. A negociação se estende há 3 meses e nenhum acordo foi acertado entre as empresas Fibria, Eldorado Brasil, International Paper e o Sindicato da categoria.
O Sititrel afirma que a discussão será levada para a Justiça. “Agora vamos para dissídio coletivo e esperar o desembargador decidir sobre os números apresentados. Fizemos tudo que estava ao nosso alcance, mas não podemos aceitar uma proposta que não valorize a classe trabalhadora”, finalizou o presidente.
A Fibria afirmou, em nota, que "flexibilizou e empenhou esforços para apresentar a proposta mais adequada ao cenário econômico nacional e internacional do setor, contemplando aumento real de salário, abono e ajuste de benefícios". Tendo a expectativa de que o resultado final atenda os anseios das partes envolvidas.
Amanhã, às 9h, acontecerá a mesa redonda com a Eldorado Brasil e na sexta-feira, 31, no mesmo horário, a reunião será com a International Paper.
(Matéria atualizada às 17h30 para acréscimo de informações)