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Interior

Filha de equatoriana presa em MS foi morta ao defender a mãe de agressões

Equatorianos, mãe e padrasto de criança de 8 anos, foram presos neste sábado pelo assassinato

Dayene Paz | 14/11/2021 09:26
Casal equatoriano acusado de matar criança. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)
Casal equatoriano acusado de matar criança. (Foto: Divulgação / Polícia Federal)

Casal equatoriano, Leticia Amanda Pombar Baralarezo, de 36 anos, e Gabriel Eduardo Gonzalez Moya, 39, presos em Mato Grosso do Sul neste sábado (13), são acusados pela morte de uma criança de 8 anos, filha de Letícia, golpeada ao tentar defender a mãe de agressões. Foragidos da Justiça do Equador, o casal já era procurado pela Interpol.

O caso deu uma reviravolta, já que Gabriel foi inicialmente preso por manter Letícia em cárcere privado, em um hostel de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. A mulher pediu ajuda com os dizeres "estoy em peligro" a uma atendente de agência bancária, no dia 10 de novembro.

Para a funcionária do banco, Leticia contou rapidamente que o homem teria matado a filha dela no Equador, a sequestrou e fugiu para o Brasil junto com o filho dele, uma criança de nove anos. A funcionária então acionou a polícia e Gabriel foi preso em flagrante no dia seguinte, 11 de novembro.

Depois da prisão, investigação constatou que o nome de Gabriel e de Letícia estavam na difusão vermelha da Interpol (lista com ordens para prisões internacionais). A suspeita é de que a mulher esteja envolvida na morte da própria filha.

As informações dos sites locais são que Mel foi golpeada na cabeça por um objeto, enquanto tentava defender Letícia de agressões. A menina chegou a ser socorrida e deu entrada no hospital com fratura no crânio, no entanto, não resistiu e morreu 20 dias depois.

No Equador, o caso gerou comoção e várias hashtags "Justiça para Mel" foram compartilhadas nas redes sociais. Familiares da criança acusam Gabriel de drogar e sequestrar Letícia e o próprio filho. Também afirmam que ele é ligado ao tráfico de drogas, de crianças e suspeita de cometer abusos sexuais.

Os mandados de prisão da dupla foram expedidos pelo Ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal) e cumpridos pela Polícia Federal. O menino, filho de Gabriel, está agora sob os cuidados do Conselho Tutelar de Corumbá, que busca contato com a família da criança.

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