Mulher que denunciou cárcere é presa pela morte da própria filha
O homem, de 39 anos, que mantinha a supeita presa em um hostel de Corumbá também está envolvido no crime
Depois de denunciar que estava sendo mantida em cárcere privado, na quinta-feira (11) uma equatoriana, de 36 anos, também acabou sendo presa pela Polícia Federal, neste sábado (13) em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. Ela é acusada de envolvimento na morte da própria filha no Equador, junto do homem, de 39 anos, que a manteve presa em um hostel da cidade.
Os mandados de prisão da dupla foram expedidos pelo Ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal) e cumpridos hoje pela Polícia Federal. Os detalhes do crime, contudo, não foram divulgados.
O mandado contra o homem que também é equatoriano foi cumprido no presídio, uma vez que ele já estava preso após a denúncia de cárcere privado. Já a mulher foi presa na casa do casal imigrante, em Corumbá. O filho, de 9 anos, do casal foi encaminhado para os cuidados do Conselho tutelar.
Cárcere privado - A mulher fez a denúncia em uma agência bancária de Corumbá. Escondida, ela entregou um bilhete para uma atendente, onde dizia que era vítima de violência doméstica e pedia socorro. Com apoio da Polícia Federal, a Polícia Civil foi até o local e encontrou a vítima.
À polícia, ela contou que o homem a mantinha presa junto com o filho, de 9 anos, em um hostel em Corumbá e que ambos eram proibidos de sair e sofriam ameaças constantes. Agentes da Polícia Federal foram até o hostel e encontraram a criança sozinha trancada no quarto. O equatoriano, de alta periculosidade, já era alvo do mandado de prisão pelo homicídio no Equador, mas até aquele momento, não havia sido divulgado o envolvimento da mulher no crime.