ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 27º

Interior

Fronteira dominada pelo narcotráfico tem mais dois executados a tiros

Um dos homens foi morto na frente do filho pequeno; criança ficou manchada com sangue do pai

Helio de Freitas, de Dourados | 25/10/2019 10:42
Viatura da polícia em frente à casa onde dois homens foram mortos nesta manhã em Pedro Juan Caballero (Foto: Porã News)
Viatura da polícia em frente à casa onde dois homens foram mortos nesta manhã em Pedro Juan Caballero (Foto: Porã News)

O banho de sangue continua na fronteira mais violenta da América do Sul. Dois homens foram executados a tiros há pouco em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. As mortes ocorreram na sala da casa, no bairo San Antonio.

Os mortos foram identificados como Dario Milciases Morinigo e Luis Alberto Gimenez. Segundo policiais paraguaios, um deles foi executado na frente do filho pequeno. A criança ficou manchada com sangue do pai, mas não foi atingida pelos disparos.

A Linha Internacional que divide Mato Grosso do Sul do departamento (equivalente a estado) de Amambay é marcada pela guerra do crime. Facções brasileiras e quadrilhas locais disputam à bala o controle do narcotráfico na região.

Moradores da fronteira afirmam que a matança sempre existiu, mas não como atualmente. Dados não oficiais apurados por jornalistas locais revelam número assustador: pelo menos 150 assassinatos nas duas cidades só em 2019.

Ontem à tarde, Alexander Michel Robles, 30, foi executado por dois pistoleiros de moto quando estava sentado em frente de casa no bairro San Blas. O homem se preparava para deixar a fronteira e estava com a mudança pronta, segundo a polícia.

Ele tentou correr para dentro da residência, mas foi perseguido e alvejado com vários disparos de pistola calibre 9 milímetros. O paraguaio chegou a ser socorrido até uma clínica particular da cidade, mas morreu em seguida.

A polícia suspeita que a morte tenha ligação com a guerra do narcotráfico. Alexander seria ligado ao criminoso brasileiro Levi Adriani Felício, preso no dia 14 deste mês no Paraguai e entregue para a Polícia Federal brasileira no dia seguinte.

Nos siga no Google Notícias