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Direto das Ruas

Há 3 meses com fratura no fêmur, Welingtton ainda espera vaga em hospital

Após passar por várias UPAs, ele está em casa sob os cuidados da mãe de 59 anos

Por Jéssica Fernandes | 23/12/2024 10:57
Em casa, Welingtton Miranda está sob os cuidados da mãe. (Foto: Direto das Ruas)
Em casa, Welingtton Miranda está sob os cuidados da mãe. (Foto: Direto das Ruas)

“Ele grita de dor”, desabafa Eva Aparecida Veiber, de 59 anos, sobre o estado de saúde do filho Welingtton Miranda Veiber, de 34 anos, que em setembro sofreu uma queda em casa onde teve fratura no colo do fêmur. Sob os cuidados da mãe, em casa, ele precisa passar por cirurgia de urgência e aguarda disponibilidade de vaga na Santa Casa.

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Um homem de 34 anos, cadeirante, aguarda cirurgia de urgência para tratar uma fratura no colo do fêmur sofrida após uma queda em casa. Sua mãe relata dificuldades em obter atendimento médico adequado, com o caso sendo classificado como não urgente em diversas unidades de saúde, apesar da recomendação médica de cirurgia imediata. A família busca ajuda e aguarda posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde.

Welingtton é cadeirante há 14 anos e ficou nessa condição após sofrer um acidente de moto. “Eles estavam dando uns passos há uns dois anos, mas caiu no banheiro”, explica Eva. No dia 3 de setembro, o homem caiu no banheiro de casa, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) onde foi feito raio-x na perna direita e no joelho.

Como esse exame não apresentou alterações, ele voltou para casa e Eva contratou um fisioterapeuta para o acompanhar. Foi através desse profissional que Eva soube que havia algo errado no estado de saúde do filho. “Ele disse que não era normal gritar assim de dor. No posto, a mulher [médica] só falou da perna”, conta.

Raio-X mostra fratura no colo do fêmur do Welingtton. (Foto: Direto das Ruas)
Raio-X mostra fratura no colo do fêmur do Welingtton. (Foto: Direto das Ruas)

Foi após retornar à UPA que foi constatada a fratura no colo do fêmur. Desde então, ela relata que vive no “vai pra lá, vai pra cá” junto com o filho em busca de atendimento. Moradora do Bairro Jardim Carioca, ela diz que já procurou atendimento na UPA do Bairro Leblon, Coronel Antonino e Santa Mônica.

Através do Direto das Ruas, ela compartilhou imagens do raio-x e do histórico do filho. O documento datado de 29 de novembro cita que Welingtton precisa de cirurgia (artroplastia) com urgência. Eva não entende e não sabe explicar, porém, diz que o caso do filho foi tratado com classificação verde, sem urgência em outras unidades. “Eles não transferem porque a classificação não está vermelha”, comenta.

Em casa, ela é a única que consegue cuidar do filho que precisa de ajuda para tudo. “Estou sofrendo com ele, não passa a dor dele, ele chora, não passa a dor dele e já gastei bastante”, fala. Eva procurou a Defensoria, porém apenas no dia 28 de janeiro terá uma reunião com o responsável pelo caso.

A reportagem procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), responsável pela regulação dos pacientes, que informou que o paciente segue aguardando vaga regulada pelo sistema via SisREG.

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