Garota de programa que sobreviveu a tiros diz que crime foi premeditado
Eurizio Ferreira de Andrade queria relacionamento sério com jovem que sobreviveu a tiros
Fazendeiro que ajudou a garota de programa, Franciele Franco da Silva, de 27 anos, sobrevivente de assassinato, informou em depoimento que vítima acreditava que crime foi premeditado por Eurizio Ferreira de Andrade, 62 anos, uma vez que o idoso queria relacionamento sério com a jovem.
Durante esclarecimentos dos fatos, a testemunha disse que encontrou Franciele ensanguentada no canavial, levou para sua casa e na sequência a encaminhou para o hospital municipal de São Gabriel do Oeste, cidade onde crime ocorreu.
Segundo o homem, Franciele estava muito abalada e por medo de ser encontrada por Eurizio, tirou a roupa vermelha que usava para não chamar atenção. Ainda conforme relato pela testemunha, a vítima informou que em outras ocasiões já havia feito programa com o assassino.
Conforme o fazendeiro, Franciele disse ainda que Eurizio sempre ficava mandando mensagem dizendo que queria ter um relacionamento sério com ela, mas as investidas eram ignoradas. Diante disso, ela acredita que o crime foi premeditado.
Nos autos do processo consta que Jennifer Gimenes Morgenrotti, morta a tiros, teria saído de Terenos para ir até São Gabriel do Oeste fazer programa com Francile, na casa de Eurizio. As duas receberiam mil reais pelo serviço e o valor seria dividido. Essa teria sido a primeira vez que a vítima fatal se relacionaria com o assassino.
Franciele ainda não foi ouvida formalmente devido a seu estado de saúde. Ela teve de ser transferida em vaga zero para a Capital, com hematoma extenso na coxa direita, sinais de esganadura no pescoço, escoriações nos membros superiores e corte contuso na mão direita.
Investigação - A investigação mostrou que a Jennifer foi morta a tiros, após sua amiga discutir com Eurizio por conta do valor que o idoso pagava de pensão alimentícia a Franciele, com quem tem uma filha.
Conforme a polícia, o idoso ficou calado durante o depoimento, mas uma testemunha contou aos investigadores que Eurizio tem uma filha de menos de dois anos com a vítima sobrevivente, mas que não está registrada no nome dele. Eles discutiram por conta da pensão da criança e ele acabou atirando nela, que se fingiu de morta.
Assustada, Jennifer tentou correr e acabou sendo baleada com um tiro na nuca e morreu na hora. A jovem conseguiu escapar no momento em que o idoso foi até a casa pegar uma carriola, para desovar os corpos em uma área de mata. Enquanto isso, Franciele saiu correndo e pediu socorro em propriedades vizinhas.
Os pertences das vítimas foram dispensados em meio a entulho, atrás da casa do autor. Para tentar atrapalhar as investigações, Eurizio desligou as câmeras que tem na fazenda por um período. Os celulares das vítimas estavam com o autor, em uma bolsa, e foram apreendidos.
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