Greve dura 50 dias e tem adesão de 14 médicos do Hospital Universitário
Nos setores de clínica médica e cirúrgica do HU de Dourados, 36 leitos estão vagos e novas consultas estão fechadas no ambulatório
A greve de servidores administrativos e professores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) completa 50 dias nesta sexta-feira (17). A paralisação faz parte de movimento nacional nas universidades federais brasileiras em protesto por reajuste salarial e na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, a 233 km da Capital, a greve tem adesão inclusive dos acadêmicos.
No Hospital Universitário da UFGD, que atende pacientes de Dourados e de pelo menos 30 municípios da região pelo SUS (Sistema Único de Saúde), 14 médicos dos ambulatórios já aderiam à paralisação.
Conforme a assessoria de comunicação, do hospital, os ambulatórios estão com a agenda fechada para primeiras consultas com os médicos em greve e os profissionais atendem apenas retornos. Na clínica médica, 23 dos 50 leitos estão vagos por causa da greve. Já na clínica cirúrgica, de 29 leitos, 13 estão vagos. A paralisação não atinge os leitos de ginecologia e obstetrícia, que fazem parte do chamado “serviço porta aberta".
“Os exames estão sendo feitos normalmente e os setores administrativos que aderiram à greve estão em escala de 50%”, informou a assessoria.
Nesta semana, o Fórum Unificado da UFGD, que reúne comandos de greve dos estudantes, técnicos administrativos e professores, realizaram uma plenária na Fadir (Faculdade de Direito), na terça. Na quarta-feira, o grupo fez doação de sangue e discutiu a greve em frente ao Hemocentro da cidade. Nesta sexta os grevistas participam de um seminário para discutir a carreira, com a presença de servidores de outras universidades brasileiras.
Apoio – Ontem, o Comitê de Defesa Popular divulgou nota de solidariedade e apoio à greve de professores da e técnicos administrativos da UFGD, “que neste momento lutam por melhores condições de trabalho, pela valorização salarial dos ativos e aposentados, por ajustes no plano de carreira da categoria, contra os cortes no orçamento para a educação e contra um conjunto de leis que vem sendo aprovado pelo Congresso Nacional, sem a devida discussão com as bases, que terceirizam e precarizam os serviços públicos”.
O fórum de entidades douradenses pediu ao governo federal “bom senso” para dialogar e negociar com os servidores das universidades federais brasileiras.