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Interior

Greve já dura 16 dias e professores municipais voltam a bloquear rodovia

MS-156 entre Dourados e Itaporã ficou com as duas pistas interditadas por quatro horas

Helio de Freitas, de Dourados | 30/03/2022 12:01
Protesto que bloqueia a MS-156 nesta quarta-feira em Dourados (Foto: Divulgação)
Protesto que bloqueia a MS-156 nesta quarta-feira em Dourados (Foto: Divulgação)

Mais uma vez a rodovia MS-156 foi bloqueada entre Dourados (a 233 km de Campo Grande) e a vizinha Itaporã. Durante quatro horas, na manhã de hoje (30), apenas viaturas dos órgãos de segurança pública e ambulâncias puderam passar.

O protesto é feito por professores e administrativos das escolas municipais das aldeias Bororó e Jaguapiru. Assim como os demais servidores da Rede Municipal de Ensino de Dourados, eles estão em greve há 16 dias.

Os dois sentidos da pista ficaram interditados por troncos e galhos na rotatória de acesso à Aldeia Jaguapiru. Usando faixas e cartazes, os grevistas reivindicam da prefeitura o reajuste salarial dos administrativos e pagamento do piso nacional do magistério.

A categoria reivindica reajuste de 33,24% do piso nacional, autorizado neste ano pelo Ministério da Educação, e 10,6% de reposição da inflação do ano passado para os administrativos. Há quase três semanas o prefeito de Dourados Alan Guedes (PP) mantém reuniões com os grevistas, mas ainda não houve acordo.

O município propõe pagar o reajuste do piso em três parcelas e assume o compromisso de mandar projeto para a Câmara de Vereadores em maio para implantar o piso nacional para 20 horas semanais de forma escalonada, até 2024.

A assessoria de comunicação da prefeitura informou que ainda hoje será enviada nova proposta aos grevistas. Dourados tem pelo menos quatro mil educadores e 32 mil alunos matriculados em 45 escolas e 39 centros de educação infantil.

Iniciada no dia 14 deste mês, a greve foi considerada ilegal em decisão provisória do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O sindicato dos trabalhadores em educação recorreu alegando que a liminar fere o direito de greve, mas até agora o recurso não foi analisado na Corte estadual.

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