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Interior

Grupo de elite detona granada encontrada dentro de pavilhão de rivais do PCC

Granada de uso militar, pelo menos 100 munições e duas pistolas foram encontradas ontem, na PED

Helio de Freitas, de Dourados | 02/09/2021 09:29
Agentes do Comando de Operações Penitenciárias durante pente-fino, ontem. (Foto: Direto das Ruas)
Agentes do Comando de Operações Penitenciárias durante pente-fino, ontem. (Foto: Direto das Ruas)

O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul está na Penitenciária Estadual de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Mais superlotado presídio de MS, a PED, tem pelo menos 2.700 presos.

Ontem (1º), uma granada de uso militar, duas pistolas semiautomáticas e pelo menos 100 munições foram encontradas em celas do pavilhão III, onde ficam presos da chamada “oposição” ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

A reportagem apurou com fontes dentro da PED e do Bope, que os policias do batalhão, especialistas em explosivos, chegaram no início da manhã e detonaram a granada no pátio do presídio.

O oficial responsável pelo setor de relações públicas do Bope disse que ainda não tem informações sobre a presença do grupo de elite na penitenciária. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) também foi procurada, mas ainda não se manifestou.

Barril de pólvora – Na noite de ontem, o Campo Grande News mostrou com exclusividade que a facção criminosa de oposição ao PCC está se armando para enfrentar a quadrilha inimiga em possíveis confrontos dentro dos presídios de Mato Grosso do Sul.

A guerra já existe nas ruas. Em Dourados, nos últimos dois anos pelo menos dez pessoas foram executadas em confrontos entre oposicionistas e faccionados do PCC.

Ontem, duas pistolas – uma 9 milímetros e uma calibre 40 –, a granada detonada hoje e as munições, foram encontradas durante a vistoria feita com ajuda de agentes do Cope (Comando de Operações Penitenciárias). O armamento estava em celas do raio III, onde ficam os presos de oposição ao PCC.

A Agepen confirmou o pente-fino, mas não se manifestou sobre a granada e as armas. A reportagem também apurou ontem, que a vistoria ocorreu quatro dias após um preso do raio III ser baleado no pé por companheiro de cela. A Agepen confirma o preso ferido, mas alega que a causa do ferimento ainda está sendo apurada.

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