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Interior

Guarda acusado de agredir paciente fica fora das ruas durante sindicância

Comandante diz que subinspetor fará serviços administrativos até a conclusão da investigação, que pode levar três meses

Helio de Freitas, de Dourados | 26/08/2019 10:51
Agressão foi gravada por pessoa que esperava atendimento na UPA; guarda diz que foi agredido primeiro (Foto: Reprodução)
Agressão foi gravada por pessoa que esperava atendimento na UPA; guarda diz que foi agredido primeiro (Foto: Reprodução)

Subinspetor da Guarda Municipal de Dourados, a 233 km de Campo Grande, foi afastado do policiamento de rua e vai trabalhar no setor administrativo durante investigação de suposta agressão a um paciente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Na noite de quarta-feira (21), Jeovane dos Santos Rodrigues procurou a UPA com ferimento na cabeça, segundo ele provocado por pedrada durante briga na rua. Visivelmente embriagado e exaltado, ele teria xingado o médico plantonista e outros funcionários. Uma técnica de enfermagem chamou a Guarda Municipal.

O subinspetor e os outros dois guardas foram ao local para atender a ocorrência e durante a confusão uma pessoa que também aguardava atendimento gravou vídeo com o celular no momento em que o chefe da equipe desfere dois tapas no rosto de Jeovane. Em seguida o homem é imobilizado. Depois de contido, recebeu curativo no ferimento da cabeça e foi liberado.

Na sexta-feira (23) a prefeita Délia Razuk (sem partido) criticou a atitude do guarda. Em nota encaminhada pela assessoria de imprensa, ela afirmou que se indignou com o ato e imediatamente determinou sindicância para apurar as responsabilidades.

Nesta segunda-feira (26), o comandante da Guarda, inspetor Divaldo Machado de Menezes informou ao Campo Grande News que a lei não permite o afastamento antes do processo administrativo disciplinar. Por isso o subinspetor foi colocado no serviço administrativo.

“Primeiro tem a sindicância e depois o processo administrativo disciplinar. Tem que ouvir os servidores todos da UPA, toda a guarnição e outras testemunhas. Como tem que seguir os ritos e prazos legais, no mínimo três meses ou mais”, informou.

Em nota enviada na sexta-feira, depois que o caso foi parar até no noticiário nacional, a Guarda Municipal informou que o homem “agredia verbalmente os enfermeiros e médicos com xingamentos e palavrões, causando grande transtorno e tumulto na unidade de saúde, principalmente na área vermelha, onde ficam os pacientes que precisam de mais cuidados médicos”.

Segundo a corporação, os guardas encontraram o rapaz com odor etílico, muito exaltado gritando “e ainda tentou agredir um dos agentes da GM com tapas”. Entretanto, as imagens do vídeo gravado dentro da UPA não mostram a suposta agressão contra os guardas.

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