Indígenas e fazendeiros mantêm acampamento em área disputada
Na próxima segunda-feira, os indígenas e os produtores rurais têm reunião marcada no MPF em Dourados
Indígenas e produtores rurais continuam ocupando terras que ficam ao lado da comunidade Panambi/Lagoa Rica, em Douradina, a 192 km de Campo Grande. Sem acordo, os dois grupos têm reunião marcada para próxima segunda-feira (22), na procuradoria do MPF (Ministério Público Federal) em Dourados.
A informação foi confirmada pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário). No momento, a situação segue como estava ao longo deste sábado (20) com clima tenso entre produtores e indígenas. Os dois lados montaram acampamento a poucos metros um do outro.
Entenda - O advogado do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Anderson Santos, alega que há uma tentativa de retomada desde o fim de semana passado por parte dos indígenas, o que desencadeou a tensão. Anderson alega que um rapaz foi baleado na perna, conforme mostra foto enviada por ele. "Quando há tentativa de retomada, o produtor que se sentir lesado precisa procurar a Justiça e tentar a reintegração de posse, o que não está havendo ali".
Segundo o Cimi, os indígenas guarani/kaiowá chamaram o Corpo de Bombeiros para debelar focos de incêndio que teriam sido provocados por produtores rurais. A Terra Indígena Lagoa Rica Panambi teve reconhecida publicado em 2011.
De lá para cá o procedimento foi paralisado. Ocorre que os guarani/kaiowá vivem à espera da demarcação amontoados na Reserva Lagoa Rica, cujos 3 mil hectares estão dentro dos 12.500 do RCDI. As retomadas, na justicativa dos indígenas, para aliviar o confinamento, ocupar as terras tradicionais delimitadas e pressionar as autoridades públicas.
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