Juiz decreta preventiva de barbeiro preso com “droga de balada”
Em audiência de custódia, juiz rejeitou pedido da defesa e manteve prisão de Eduardo da Silva
O juiz plantonista Ricardo da Mata Reis decretou nesta quarta-feira (28) a prisão preventiva do barbeiro Eduardo Henrique Lourenço da Silva, 24, flagrado ontem com 51 gramas da droga sintética MD e 344 gramas de skunk em Dourados, a 251 km de Campo Grande.
Durante audiência de custódia hoje à tarde, o magistrado rejeitou o pedido da defesa, de relaxamento da prisão em flagrante e imposição de medidas cautelares diferentes do recolhimento.
Morador no Jardim dos Estados, na região norte da cidade, Eduardo trabalha na barbearia que funciona dentro de academia de musculação localizada na Rua Pedro Rigotti, no Jardim Santo André.
Conhecido como “Edu dos cortes”, o rapaz já vinha sendo investigado por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais), da 1ª Delegacia de Polícia, suspeito de fornecer droga sintética em festas na noite douradense.
Versão mais avançada do ecstasy e considerada a “droga da balada”, o MD tem alvo valor – cada grama é vendida por no mínimo R$ 180. Já o skunk é maconha tipo bucha, com capacidade psicoativa bem superior à maconha comum.
Conforme a polícia, as drogas apreendidas com Eduardo seriam suficientes para abastecer pelo menos cinco mil pessoas.
O barbeiro estava sendo monitorado pelos investigadores. Ontem de manhã, ele foi em carro de aplicativo até transportadora localizada na Rua Coronel Ponciano, na Vila Industrial, onde retirou a encomenda. Os papelotes de MD estavam num pote de suplemento alimentar.
Na casa de Eduardo Henrique, na Rua 31 de Março, os policiais encontraram o skunk numa caixa de sapato. O rapaz usou o direito de permanecer em silêncio.
Funcionários da transportadora informaram que, costumeiramente, Eduardo retirava encomendas em pequenas embalagens, oriundas de Santa Catarina.
O juiz também decretou a quebra de sigilo do celular do rapaz. O aparelho vai ser periciado. A polícia quer chegar a outras pessoas envolvidas no esquema. No momento da abordagem, Eduardo negou fazer a venda de droga e disse que os produtos seriam para uso dele e dos amigos.