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Interior

Juiz decreta preventiva de carioca preso com droga após perseguição e tiros

Pós-graduado em História, Jeremias da Silva Vieira disse que aceitou levar droga para sustentar a família

Por Helio de Freitas, de Dourados | 29/10/2024 15:06
Onix lotado de maconha, cercado por viatura da PRF após bater em canteiro (Foto: Divulgação)
Onix lotado de maconha, cercado por viatura da PRF após bater em canteiro (Foto: Divulgação)

O juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal, decretou a prisão preventiva de Jeremias da Silva Vieira, 40, flagrado com 601 quilos de maconha na noite dessa segunda-feira (28) em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Natural de Belo Horizonte (MG), Jeremias mora atualmente no Bairro Tanque, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ).

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Jeremias da Silva Vieira, 40, foi preso em Dourados com 601 kg de maconha após uma perseguição com a PRF. Conduzindo um Onix roubado, ele fugiu por 4 km, circulou na contramão e só foi detido após ter um pneu estourado a tiros. Na audiência de custódia, o juiz decretou a prisão preventiva, rejeitando o pedido de relaxamento da prisão. O juiz considerou a grande quantidade de droga, o veículo com sinais adulterados e o crime de tráfico interestadual. Jeremias alegou que é motorista de aplicativo e aceitou transportar a droga por necessidade financeira.

Conduzindo um Onix branco sedan roubado, ele fugiu de policiais rodoviários federais por 4 km, circulou na contramão de vias movimentadas e só foi parado em frente ao Parque dos Ipês, na Avenida Presidente Vargas, após um dos pneus do carro ser estourado a tiros.

Na audiência de custódia, nesta tarde, o juiz rejeitou o pedido de relaxamento da prisão. A defesa de Jeremias alegou que ele não possui antecedentes criminais, tem endereço fixo e é pai de filhos pequenos.

“Vale registrar que não se mostram adequadas as medidas cautelares diversas da prisão, diante da existência de envolvimento em associação criminosa voltada ao tráfico interestadual e quiçá internacional. Em toda a viagem foi orientado, com custos pagos por terceiro, a quem mantinha contato via telefone, tendo se deslocado do Rio de Janeiro para a prática do crime nesta comarca, trazendo indicativos concretos da imprescindibilidade da prisão preventiva, ao menos nesse momento processual”, afirmou o juiz.

Marcelo Cassavara citou ainda o fato de Jeremias estar carregando grande quantidade de entorpecente em carro com sinais identificadores adulterados e lembrou que o crime pelo qual ele foi preso prevê pena superior a quatro anos, o que inviabiliza a adoção de outras medidas cautelares.

Em seu depoimento na Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário), Jeremias da Silva Vieira disse que é pós-graduado em História e atualmente trabalha como motorista de aplicativo.

Com salário mensal de R$ 5 mil, ele disse que aceitou transportar a maconha por precisar de dinheiro para sustentar a família. Segundo a versão dele, após passar uma semana na casa do contratante, em Ponta Porã, pegou o carro já preparado com a droga, em frente à Receita Federal, na linha internacional.

Jeremias alegou que a carga seria levada para Campo Grande, mas os policiais acreditam que o destino real era a capital fluminense. Com a decretação de prisão preventiva, Jeremias será levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

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