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Interior

Justiça determina prisão preventiva de suspeitos de assassinarem indígena

Romário Pires foi morto após ser espancado por quatro homens na saída de uma festa

Antonio Bispo | 13/07/2023 13:17
Entrada da cidade de Bodoquena onde crime aconteceu e é investigado (Foto: Divulgação | Prefeitura de Bodoquena)
Entrada da cidade de Bodoquena onde crime aconteceu e é investigado (Foto: Divulgação | Prefeitura de Bodoquena)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou, nesta quarta-feira (12), a prisão preventiva dos quatro homens envolvidos na morte do indígena Romário Pires, de 31 anos. Ele foi assassinado na madrugada de domingo (9), em Bodoquena, distante 265 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a decisão do juiz Alysson Kneip Duque, ficou comprovado por elementos e relatos de testemunhas que mesmo após terem visto a vítima caída ao solo, nenhum dos homens solicitou socorro. “Pelo contrário, continuaram as agressões e, após, deixaram o local e retornaram para a cidade de Bonito”, escreveu nos autos.

Dessa forma, determinou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva de David Mendes Valença, Gian Carlos Rios Ajala, Denilson Silveira dos Santos e David Borges dos Santos.

Relembre o caso - Conforme o boletim de ocorrência, Romário participava de uma festa no espaço da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), junto com dois primos, que contaram à polícia que um grupo de seis pessoas surpreendeu o trio e deu início às agressões. Romário acabou não resistindo aos ferimentos e morreu ainda no local. O corpo estava caído em frente a uma igreja na Avenida Antônio Pedro de Lima.

Ainda no domingo foram presos Denilson Silveira Santos e Gian Carlos Rios Ajala. Eles foram encontrados também em Bonito e levados para a Delegacia de Bodoquena. Um deles identificou os outros envolvidos: David Mendes Valença e David Borges dos Santos, ambos detidos na mesma cidade.

No espaço, acontecia a festa. O pai das aniversariantes contou que os indígenas passavam pelo local e tentaram entrar no recinto. Ele então disse que a festa havia acabado e o trio teria ficado muito irritado, momento em que Romário teria dito que daria um tiro na cara do homem. Alguns participantes da festa então saíram e teve início a briga generalizada.

O homem afirmou que tentou controlar a situação, mas não conseguiu. Ele também não soube dizer quem teria acertado Romário na cabeça, mas afirmou que ninguém estava com arma de fogo ou faca no local. Como a vítima ainda se mexia, eles imaginaram que Romário não se levantou por estar muito bêbado.

Então, fecharam o imóvel e foram embora. No caminho, teriam visto os dois primos de Romário voltando ao local com um pedaço de pau e foram abordados pelas polícias Civil e Militar.

O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil. Romário teria sido morto a socos e chutes. Os quatro envolvidos confirmaram a versão de briga generalizada e afirmaram que a vítima ainda estava viva quando foram embora.

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