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Interior

Justiça nega de novo liberdade a vereador preso por agredir noiva

Diogo Castilho foi preso em flagrante no sábado, e já teve pedido de liberdade rejeitado

Adriel Mattos | 08/09/2021 18:50
Político está preso desde sábado. (Foto: Divulgação/CMD)
Político está preso desde sábado. (Foto: Divulgação/CMD)

A 4ª Vara Criminal de Dourados negou liberdade provisória ao vereador Diogo Castilho (DEM), preso por suspeita de violência doméstica contra a noiva. Ele teria ameaçado a mulher de morte.

Na peça inicial, a defesa do parlamentar argumentou que a prisão não se sustenta já que a vítima não moraria com ele, mas sim em Douradina. Além disso, por ele ser médico, seria facilmente encontrado no decorrer do caso. Por fim, alega ainda que a juíza plantonista Rosângela Alves de Lima Fávero negou o primeiro pedido de soltura por influência da imprensa.

Em sua decisão, o juiz Alessandro Leite Pereira destacou que as alegações de Castilho já foram superadas no primeiro pedido e rejeitou a tese de que a magistrada Rosângela decidiu sob influência.

“Aliás, tanto não é trazido pelo requerente qualquer fato novo capaz de ensejar uma nova análise quanto ao encarceramento cautelar, que é pedido, logo no início do requerimento, o reparo da decisão anteriormente proferida e não a consideração de novel situação fática capaz de alterar o posicionamento anteriormente estabelecido, razão pela qual a insurgência do requerente deve ser levada às instâncias superiores, estas sim revisoras das decisões de primeiro grau”, escreveu Leite Pereira.

O caso - Diogo Castilho, de 36 anos, foi preso na casa dele no Parque Alvorada na noite de sábado (4). Aos policiais militares, Diogo contou que brigou por causa de ciúmes que a noiva, de 27 anos, teria de uma assessora dele. No entanto, a noiva disse aos policiais que ele é que sente ciúmes.

Segundo relato do vereador à polícia, a noiva ficou “emburrada por conta de ciúmes", após uma brincadeira de conotação sexual. Depois de gritar com a noiva, alegando que não a traía, a mulher ameaçou ir embora, mas ele disse que ela não tinha condições, pois estava embriagada.

Ele alegou que precisou segurá-la pelos braços e colocar na cama na tentativa de acalmá-la, pois ela teria tentado agredi-lo. A mulher disse aos policiais que ambos passaram o dia bebendo e acabaram discutindo. Ela disse ainda que não estava machucada, mas que Diogo tentou "esganá-la com as mãos e sufocá-la com travesseiro".

Ela ainda afirmou aos policiais que Diogo disse "se você me denunciar, eu te mato" e "você vai acabar com minha carreira política se fizer isso". Segundo ela, não foi a primeira vez que sofreu agressão física e verbal por conta do ciúmes.

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