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Interior

Juíza plantonista nega liberdade a vereador preso por agredir a noiva

Diogo Castilho foi preso na noite de sábado, em Dourados e ontem, levado para o presídio

Helio de Freitas, de Dourados | 06/09/2021 08:52
O médico e vereador Diogo Castilho, que está preso em Dourados. (Foto: Divulgação)
O médico e vereador Diogo Castilho, que está preso em Dourados. (Foto: Divulgação)

A juíza plantonista Rosângela Alves de Lima Fávero negou liberdade ao vereador Diogo Castilho (DEM), que está preso desde a noite de sábado (4), em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

O político, que também é médico, foi preso em flagrante por violência doméstica acusado de agredir e ameaçar a noiva de morte depois de passarem o dia consumindo bebida alcoólica, no sábado. Ele teve a prisão preventiva decretada e ontem, foi levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Neste domingo, os advogados Leda Roberta Grünwald e Renan Souza Pompeu pediram a liberdade provisória alegando que Diogo Castilho tem trabalho lícito, residência fixa, é primário, e que tem menor como seu dependente.

O Ministério Público foi contra os argumentos e deu parecer pela manutenção da prisão. “Se é de intenção do requerente [Diogo] não ser inserido no sistema carcerário que, conforme exposto em seu pedido, é de seu pleno conhecimento a situação precária em que hoje se encontra, bastava ter comportamento de respeito à sua companheira, nela reconhecendo a pessoa de iguais direitos aos dos homens”, diz trecho do parecer.

A juíza citou na decisão que o fato de Diogo ter a guarda do filho, não pode ser motivo para justificar a liberdade, pois o adolescente pode ficar aos cuidados da mãe, dos avós ou outros familiares.

Ela também destacou as ameaças feitas por Diogo Castilho contra a noiva. “Há sério risco para a instrução criminal, posto ter sido informado pela vítima ter o investigado utilizado de ameaça como forma de calá-la, quando ele disse para ela falar para os policiais que estava tudo bem e que tinha ocorrido apenas uma discussão de casal”.

Segundo a magistrada, a situação evidencia o risco que a vítima teria se o vereador fosse colocado em liberdade, “como também o sério perigo para as investigações que estão em curso, já que demonstrado, também de forma concreta, não medir ele esforços para tentar silenciá-la”.

A prisão – Diogo Castilho, de 36 anos, foi preso na casa dele no Parque Alvorada. Aos policiais militares, Diogo contou que brigou por causa de ciúmes que a noiva, de 27 anos, teria de uma assessora dele. No entanto, a noiva disse aos policiais que ele é que sente ciúmes.

Segundo relato do vereador à polícia, a noiva ficou “emburrada por conta de ciúmes", após uma brincadeira de conotação sexual. Depois de gritar com a noiva, alegando que não a traía, a mulher ameaçou ir embora, mas ele disse que ela não tinha condições, pois estava embriagada.

Ele alegou que precisou segurá-la pelos braços e colocar na cama na tentativa de acalmá-la, pois ela teria tentado agredi-lo. A mulher disse aos policiais que ambos passaram o dia bebendo e acabaram discutindo. Ela disse ainda que não estava machucada, mas que Diogo tentou "esganá-la com as mãos e sufocá-la com travesseiro".

Ela ainda afirmou aos policiais que Diogo disse "se você me denunciar, eu te mato" e "você vai acabar com minha carreira política se fizer isso". Segundo ela, não foi a primeira vez que sofreu agressão física e verbal por conta do ciúmes.

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