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Interior

Justiça tenta pela 3ª vez aprovar recuperação judicial da usina de Bumlai

Assembleia de credores da Usina São Fernando está marcada para esta quinta-feira em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 25/04/2017 15:46
Usina da família Bumlai enfrenta pedidos de falência e acumula dívida de R$ 1,5 bilhão (Foto: Helio de Freitas)
Usina da família Bumlai enfrenta pedidos de falência e acumula dívida de R$ 1,5 bilhão (Foto: Helio de Freitas)

A Justiça tenta amanhã (26), pela terceira vez em 50 dias, aprovar o plano de recuperação judicial da Usina São Fernando, de propriedade dos filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula e um dos condenados na Operação Lava Jato.

Enfrentando vários pedidos de falência, a indústria, instalada em Dourados, a 233 km de Campo Grande, acumula pelo menos R$ 1,5 bilhão em dívidas, principalmente com bancos e fornecedores.

Após ser suspensa pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) no ano passado, a assembleia foi marcada para o dia 9 de março deste ano, mas faltou quórum e a reunião foi transferida para o dia 16 do mesmo mês. Entretanto, a assembleia não chegou a ser finalizada e terá continuidade amanhã.

A administradora judicial Vinicius Coutinho Consultoria e Perícia S/A Ltda., que tem sede em Campo Grande, informou a usina apresentou proposta de modificação do plano de recuperação judicial que tramita na 5ª Vara Cível de Dourados. Por isso pediu a suspensão da assembleia para que os credores tivessem tempo de analisar as mudanças.

Há quatro anos – O processo de recuperação judicial da São Fernando começou em abril de 2013. São centenas de credores, entre eles empresas e produtores locais de Dourados, fornecedores e cooperativas de outros estados e bancos, como o BNDES, Banco do Brasil, Bradesco, Pine e Bonsucesso.

Em fevereiro deste ano, a gestora americana de fundos Amerra fez uma nova proposta para comprar a São Fernando. Ao BNDES, um dos principais credores da indústria e autor de um dos pedidos de falência, a Amerra propôs quitar a dívida que a usina tem com o banco e parcelar o restante a pagar, quase R$ 270 milhões, por 17 anos, corrigido pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP).

A proposta inclui ainda o pagamento de aproximadamente R$ 50 milhões que a usina tem em atraso com o Banco do Brasil e mais R$ 50 milhões referente à primeira parcela renegociada com os demais credores. A Amerra também se compromete a investir R$ 50 milhões para plantar cana-de-açúcar no primeiro ano.

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