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Interior

Mais uma vez vereador acusado de corrupção é absolvido em plenário

Seis vereadores votaram pela cassação de Pedro Pepa, mas seriam necessários no mínimo 13 votos para a perda de mandato

Helio de Freitas, de Dourados | 12/02/2020 10:31
Advogado de Pedro Pepa fala no plenário da Câmara durante sessão que arquivou denúncia contra vereador do DEM (Foto: Thiago Morais/Divulgação)
Advogado de Pedro Pepa fala no plenário da Câmara durante sessão que arquivou denúncia contra vereador do DEM (Foto: Thiago Morais/Divulgação)

Como já era esperado, foi arquivado o pedido de cassação do mandato do vereador Pedro Pepa (DEM) por quebra de decoro parlamentar. Em sessão na manhã desta quarta-feira (12), a Câmara de Dourados – cidade a 233 km de Campo Grande – levou a plenário a denúncia apresentada no ano passado pelo Movimento Dourados contra a Corrupção e por 12 votos a 6 o pedido de cassação foi rejeitado.

Preso duas vezes no âmbito da Operação Cifra Negra acusado de fazer parte de um esquema de corrupção envolvendo empresas de tecnologia que até dezembro de 2018 atendiam a Câmara de Dourados, Pepa já havia sido absolvido da mesma denúncia em maio do ano passado, mas aquele julgamento foi anulado e refeito hoje.

Falando da tribuna para fazer a defesa do cliente, o advogado Fernando Baraúna Recalde criticou a decisão da Câmara de anular o julgamento de maio, por recomendação do Ministério Público. Segundo ele, a decisão ameaça a autonomia dos poderes.

Votaram pela cassação o presidente da Câmara Alan Guedes (DEM) e os vereadores Elias Ishy (PT), Olavo Sul (Patriota), Sérgio Nogueira (PSDB), Silas Zanata (Cidadania) e Daniela Hall (PSD).

Pelo arquivamento do pedido de cassação votaram Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PL), Braz Melo (PSC), Carlito do Gás (Patriota), Cido Medeiros (DEM), Jânio Miguel (PL), Juarez de Oliveira (MDB), Junior Rodrigues (PL), Madson Valente (DEM), Maurício Lemes (PSB), Romualdo Ramim (PDT), Cirilo Ramão (MDB) e Idenor Machado (PSDB).

Às 13h começa a sessão que vai julgar o pedido de cassação de Cirilo Ramão, outro réu no âmbito da Operação Cifra Negra. O resultado deve se repetir.

Pepa, Cirilo, Idenor Machado, o ex-vereador Dirceu Longhi, dois ex-servidores da Câmara e cinco empresários de Campo Grande são réus na ação penal acusados de desviar dinheiro do Legislativo através de contratos superfaturados e licitações irregulares.

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