Manifestantes bloqueiam cruzamento em ato contra reformas em Dourados
Grupo formado por professores, bancários, estudantes e trabalhadores de outras categorias bloqueou o cruzamento das avenidas Marcelino Pires com a Hayel Bon Faker na tarde desta sexta-feira (28) em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande. O ato está sendo realizado contra as reformas trabalhista e da previdência.
Agentes de trânsito interditaram uma das pistas da Marcelino Pires para que a manifestação fosse realizada sem atrapalhar o trânsito e um palco foi montado no local indicado.
Contudo, o grupo, com faixas, cartazes e bandeiras, foi além e acabou bloqueando o trânsito, impedindo que os veículos continuassem o trajeto. Segundo os líderes do protesto, há cerca de dez mil pessoas no local. O tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Carlos Silva fala em cinco mil.
Enquanto os líderes não sobem ao palanque, grupos entoam gritos de guerra batendo em tambores e latas falando em “greve geral”.
“Historicamente o povo na rua mudou a história do país. Nós estamos nas ruas para garantir que dessa vez nós continuemos a história. Os deputados, de forma autoritária e golpista, estão tentando mudar o curso da história, o curso dos direitos sociais. O povo na rua hoje, no Brasil inteiro, na América Latina, atentos ao que está acontecendo”, disse a presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores na Educação) de Dourados, Gleice Jane Barbosa.
Caos – Nesta sexta-feira, várias cidades do país, incluindo Campo Grande, amanheceram sem serviços essenciais à população, como transporte coletivo, bancos e escolas. O motivo foi o protesto convocado pelas centrais sindicais para chamar a atenção contra as reformas.
Na Capital, cerca de dez mil participaram da passeata contra a reforma da Previdência ocorrida na manhã desta sexta-feira (28), na região central de Campo Grande, segundo cálculo divulgado pelo Comando-Geral da Polícia Militar.
Segundo o comandante da operação, tenente-coronel Oeliton Figueiredo, também não foram registradas ocorrências durante a passeata, que cruzou e interditou vias importantes do Centro, como a Avenida Afonso Pena e Rua 14 de Julho.
Policiais militares dos batalhões de Motocicleta, de Trânsito e especializados, como Choque, Bope e Cavalaria, além de PMs que atendem a região central participaram da operação e do Comando-Geral atuaram na operação.
Junto deles também atuaram a Guarda Civil Municipal e agentes da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transportes).
A expectativa inicial das lideranças sindicais que organizaram a passeata era de que pelo menos 30 mil pessoas compareceriam no protesto. Durante a caminhada, os organizadores chegaram a gritar pelo caminhão de som que aproximadamente 60 mil manifestantes acompanhavam a passeata.