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Cidades

Greve para transporte e fecha escolas e BRs, mas tem pouca adesão popular

Viviane Oliveira | 28/04/2017 11:16
Integrantes de sindicatos bloqueiam a Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Integrantes de sindicatos bloqueiam a Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)

A sexta-feira (28) amanheceu com rodovias bloqueadas, motoristas do transporte coletivo de braços cruzados, terminais vazios e a maioria das escolas públicas fechadas. As manifestações, que fazem parte da greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pela gestão de Michel Temer (PMDB), no entanto, não tiveram adesão popular estimada, mas mesmo assim causaram transtornos em diferentes pontos do Estado.

Os organizadores do dia de paralisações estimaram a adesão de pelo menos 30 mil trabalhadores. Até o fechamento deste texto, a Polícia Militar não havia divulgado a estimativa de público que foi para os protestos nas ruas centrais de Campo Grande.

Em apoio à greve, motoristas do transporte coletivo cruzaram os braços. Eles retornaram às atividades por volta das 9h e a previsão era de que até o fim da manhã os serviços seriam normalizados.

Há protestos em várias rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Quem precisa passar por Dourados, Rio Brilhante e Ribas do Rio Pardo precisa ficar atento para evitar transtornos.

Em Rio Brilhante, moradores de assentamentos bloqueiam o km 315 da BR-163 com pneus e madeiras. Segundo a CCR MSVia, há um quilômetro de congestionamento de cada lado. Não há previsão de liberação. No leste do Estado, em Ribas do Rio Pardo, parte da BR-262 foi fechada nos dois sentidos.

Interdição total também no km 315 da BR-163 em Rio Brilhante e km 260 da BR-163, em Dourados. Também tem bloqueio na BR-463 que liga o município a Ponta Porã. Os manifestantes liberam as rodovias apenas para veículos que transportam doentes, ambulâncias e viaturas da polícia.

No município de Três Lagoas, a rotatória da BR-262 (próximo ao km 13) com a BR-158 (próximo ao km 279) foi totalmente bloqueada por manifestantes ligados ao Sintrapel (Sindicato dos Trabalhadores na indústria do papel) e ao Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Mobiliários e Montagem de Três Lagoas e Região). Eles liberaram o trecho por volta das 10h.

Manifestantes bloqueiam BR-463 em Dourados.(Foto: Direto das Ruas)
Manifestantes bloqueiam BR-463 em Dourados.(Foto: Direto das Ruas)
1.350 alunos ficaram sem aula na Escola Lino Villachá (Foto: Marcos Ermínio)
1.350 alunos ficaram sem aula na Escola Lino Villachá (Foto: Marcos Ermínio)

Bancários também aderiram à greve e agências de Campo Grande não abriram. A princípio, não haveria atendimento ao público, apenas em caixas automáticos.

São 160 bancos na cidade. Com o feriado de segunda-feira (1°), a população ficará quatro dias sem serviço bancário.

Ainda nesta manhã, um grupo de cerca de 30 pessoas fechou a entrada e saída de ônibus no Terminal Rodoviário da Capital, na região sul. Sem alternativa, os coletivos que chegavam com passageiros eram obrigados a realizar o desembarque das pessoas na rua, em plena Avenida Gury Marques. A maioria das viagens programadas também não foram realizadas. Algumas empresas, no entanto, fizeram também o embarque na avenida.

Integrantes de sindicatos bloquearam as principais ruas, como a Avenida Afonso Pena e a 14 de Julho, região central, em passeata de manifestação. Nenhum incidente foi registrado oficialmente pela Polícia Militar.

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