Massacre não para e brasileiro é executado por pistoleiros na fronteira
Dono de posto de combustíveis e mercado aguardava serviço em mecânica de Ponta Porã quando foi executado nesta tarde
As execuções em plena luz do dia seguem sem controle na fronteira entre Brasil e Paraguai, dominada pelo crime organizado. Na tarde desta quarta-feira (19), o comerciante brasileiro Ademir Antonio Domingues, 67, foi morto dentro de uma oficina mecânica em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.
Dono de posto de combustíveis, mercado e casas na Colônia Cerro Memby, a 80 km de Ponta Porã, no lado paraguaio da fronteira, Ademir estava sentado na cadeira dentro do Centro Automotivo Senna, na Rua 13 de Setembro, área central da cidade, quando os dois pistoleiros entraram o local e o executaram.
Ademir não teve tempo nem de levantar da cadeira. Pelo menos 20 tiros de pistola 9 milímetros foram disparados na direção dele, a maioria o acertou na cabeça e no peito. Os tiros deixaram marcas na parede. A polícia ainda não tem pista dos criminosos.
O povoado onde o brasileiro tinha comércios é o mesmo onde o paraguaio Andrés Sanchez, 46, foi executado na tarde de ontem por quatro bandidos que tentaram sequestrá-lo em um posto de combustíveis. Entretanto, o posto de Ademir era outro, na mesma colônia. Familiares afirmaram que Ademir não tinha relatado sofrer ameaças e alegam desconhecer o motivo do crime.