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Interior

Membros do PCC que mataram PM vão a júri e helicóptero reforça segurança

Julgamento começa nesta quarta, mas devido a quantidade de réus, o júri foi desmembrado. Hoje, três acusados deverão ser sentenciados

Danielle Valentim | 09/05/2018 08:49
Na época da prisão,Garras identificou e prendeu 10 dos 21 integrantes da facção envolvidos na morte do policial. (Foto: Marcos Ermínio)
Na época da prisão,Garras identificou e prendeu 10 dos 21 integrantes da facção envolvidos na morte do policial. (Foto: Marcos Ermínio)

Cinco anos depois do assassinato do policial militar de reserva Otacílio Pereira de Oliveira, os acusados de envolvimento começam a ser julgados a partir desta quarta-feira (9), no Fórum de Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande. O 2º Comando da Polícia Militar realiza um esquema especial de segurança dentro e fora da Comarca. Inclusive, um helicóptero do Comando Geral de Campo Grande, auxilia no monitoramento.

Na ação, 17 pessoas, que supostamente integram facções criminosas, são acusadas do homicídio, que ocorreu em março de 2013. O julgamento será realizado na manhã desta quarta e devido a quantidade de réus, o júri foi desmembrado. Hoje, três acusados deverão ser sentenciados. Os outros serão julgados nos dias 14, 23 e 30 de maio.

Polícia Militar montou forte esquema de segurança. (Fotos: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Polícia Militar montou forte esquema de segurança. (Fotos: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Outros serão julgados nos dias 14, 23 e 30 de maio.(Fotos: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Outros serão julgados nos dias 14, 23 e 30 de maio.(Fotos: Ricardo Ojeda/Perfil News)

Otacílio tinha 60 anos e trabalhava como mototaxista. Ele foi morto em uma emboscada por volta das 23h, quando chegava em casa, no bairro Osmar Ferreira Dutra. Ele levou quatro tiros, sendo dois nas pernas e dois na barriga. A vítima foi levada ao hospital, mas morreu na madrugada do dia 7 de março de 2013.

Conforme publicação do JP News, a segurança será reforçada pelo fato do grupo ser considerado de alta periculosidade, com envolvimento no narcotráfico e assassinatos de policiais, por exemplo.

O filho da vítima, Clério Félix de Oliveira, contou que ainda é muito difícil para família enfrentar a situação. "Meu pai não merecia isso. Ainda sofremos muito com tudo o que ocorreu e lutamos para que os acusados fossem presos e julgados. Hoje é o começo da justiça", desabafou.

Da direita para a esquerda, os quatro que executaram o PM na noite do dia 6. (Foto: Marcos Ermínio)
Da direita para a esquerda, os quatro que executaram o PM na noite do dia 6. (Foto: Marcos Ermínio)

Entenda o caso - Na época, a facção criminosa resistiu, no primeiro momento, a ordem do comando para executar um policial militar em Mato Grosso do Sul. O grupo criminoso temia prejuízos nos "negócios". A ordem para a execução, segundo a Polícia Civil, veio do comando dos estados de São Paulo e Paraná e foram repassadas ao grupo pelo presidiário da Máxima, Marcos Barbosa, 36 anos conhecido como ‘Pinduca’. “Era uma determinação vinda de outros estados para demonstrar a força da facção”, relata o delegado.

Antes da execução, quatro dos integrantes envolvidos diretamente trabalharam levantando a rotina de Otacílio, logística e rotas para a fuga depois dos tiros. Maicon Gomes de Souza, 21 anos, conhecido como Grego foi quem dirigiu o veículo na noite do crime.

As investigações apontaram que João Carlos Olegáro da Silva, conhecido como “Ak”, 19 anos, Jair Costa da Silva, com apelido de Perturbado, 32 anos e Cleverson Messias Pereira dos Santos, chamado de Cabelo, 33 anos, foram os que de fato atiraram em Otacílio.

Cleverson era o sobrinho da vítima e quem indicou o tio como alvo foi Jair, que é considerado o mandante da quadrilha, com ligação direta a facção criminosa e com ascensão hierárquica sobre os demais. Para a Polícia ele negou ser integrante da facção e disse apenas ser “primo leal”, que é alguém que concorda com as ações, mas não é considerado membro. No entanto, as investigações confirmaram o envolvimento dele.

As prisões começaram no dia 7 de março de 2013, logo depois do crime e seguiram com a ajuda da Polícia de São Paulo. Parte dos envolvidos foi presa em Três Lagoas, Presidente Prudente, Castilho e Jales, no interior do estado paulista.

Os outros seis integrantes participaram das reuniões onde foi decidida a execução. Fernando Rodrigues Monteiro, com apelido de da Leste, 21 anos, Jonathan dos Santos Avelino, 22 anos, conhecido como Terrorista, Douglas dos Santos Almeida, o Dodo, de 21 anos, Luiz Felipe Miranda Rios Saito, com apelido de Jamaica, 20 anos, Fabrício da Silva Almerindo dos Santos, 20 anos, chamado de do Nike e Thiago Cintas Bertalia, o Gianechini, de 29 anos.

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