Mineração traz prejuízos para moradores de Corumbá, denuncia MPF
O MPF (Ministério Público Estadual do Mato Grosso do Sul) instaurou procedimento sobre os impactos da extração de ferro em Corumbá. Na Comunidade Antônio Maria Coelho, segundo a procuradoria, os moradores reclamam da contaminação da água após a instalação de indústrias de mineração e siderurgia.
A empresa Mineração Corumbaense (Vale) pediu a expansão das atividades em 138,6%, aumentando a retirada de ferro na região, de 4,4 milhões de toneladas por ano, passaria para 10,5 milhões. O pedido foi levado ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e ainda está em andamento.
Em agosto, o procurador da República Carlos Alberto dos Rios Jr. e representantes da Prefeitura de Corumbá, da Fundação de Meio Ambiente, da Embrapa e das empresas Mineração Corumbaense Reunida (Vale) e Vetorial Siderurgia, promoveram audiência para ouvir as reclamações dos moradores.
Segundo assessoria, eles relatam a falta de água no local e disseram que o córrego Piraputanga, que abastece a região, secou desde o início da mineração. O abastecimento de água é feito por carros-pipa, porque a região não tem tratamento adequado.
Mas ainda dizem que mesmo com as dificuldades passadas, por conta da mineração, reconhecem que a indústria gerou emprego e renda para os moradores da região.
O MPF quer, segundo assessoria, que o novo licenciamento ambiental tenha a compensação para a comunidade, não só os danos ambientais.