Ministério fala em levar "chalana do SUS" e "ambulancha" para ribeirinhos de MS
Superintendência diz ser possível Pantanal adotar modelos que atendem comunidades da Amazônia
A superintendência regional do Ministério da Saúde discutiu ontem (29) com as prefeituras de Corumbá e Ladário, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a criação de novos recursos para atender ribeirinhos da região. "Ambulanchas" e "Chalana do SUS" são duas das propostas.
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O Ministério da Saúde está em discussões com as prefeituras de Corumbá e Ladário, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, para implementar "ambulanchas" e a "Chalana do SUS". Esses recursos visam atender comunidades ribeirinhas isoladas, inspirados em modelos já utilizados na Amazônia. As "ambulanchas" são embarcações para urgências, enquanto a "Chalana do SUS" seria uma UBS fluvial completa. O projeto busca financiamento federal e parcerias, como com a Marinha do Brasil, para fortalecer a saúde primária na região. A iniciativa complementa o programa "Povo das Águas", já em operação, mas considerado insuficiente.
Tanto as "ambulanchas", quanto a UBS (Unidade Básica de Saúde) fluvial, aqualanchas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e barcos-hospitais já são utilizados no atendimento a comunidades tradicionais da região Amazônica. Profissionais contratados pelas prefeituras de Belém e de municípios do interior do Amazonas navegam por longas distâncias para chegar até as moradias isoladas e atender pacientes.
Representante da pasta em Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Souza Costa explicou que verbas federais para a compra e adequação dos barcos podem ser solicitadas se as prefeituras apresentarem projetos ao Ministério.
"Chalana do SUS" - Adequada à cultura pantaneira e à música que ficou conhecida na voz de Almir Sater, a UBS Fluvial poderá ser chamada de "Chalana do SUS", sugere o superintendente.
Ela precisa ser estruturada em embarcação maior que as "aqualanchas". Modelos já utilizados podem conter consultório médico; consultório de enfermagem; área para assistência farmacêutica, laboratório, sala de vacina; sala de procedimentos; consultório odontológico; recepção; banheiro público; banheiro exclusivo para funcionários; expurgo; cabines com leitos para a equipe; e cozinha.
O Ministério também discutiu a criação de um ponto fixo para atendimento nas comunidades pantaneiras.
O que já é feito - A vice-prefeita de Corumbá e secretária de Assistência Social e Cidadania, Bia Cavassa, participou da reunião de ontem e citou o que a prefeitura consegue fazer atualmente pelos ribeirinhos.
"Dentro do [programa] 'Povo das Águas' fazemos esse atendimento. Mas, temos a consciência que ainda é insuficiente para atender aquela população", falou. Também participou do encontro o secretário municipal de Saúde, Antônio Juliano de Barros.
Em Ladário, a secretária municipal de Saúde, Helen Andressa Veadrigo, falou sobre outras propostas feitas, como parceria com a Marinha do Brasil. "Tratamos sobre o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, cadastramento de novos serviços e possíveis parcerias, como o atendimento fluvial em conjunto com a Marinha do Brasil".
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