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Interior

Ministro promete apoiar Paraguai contra maconha com mais fiscalização

Ministro disse que governo Temer vai aumentar recursos para PF participar mais ativamente das ações compartilhadas e anunciou destinação de helicópteros e agentes

Helio de Freitas, de Dourados | 22/07/2016 14:00
Alexandre Moraes ao lado do ministro da Senad do Paraguai (Foto: Leo Veras)
Alexandre Moraes ao lado do ministro da Senad do Paraguai (Foto: Leo Veras)

O ministro da Justiça Alexandre de Moraes disse há pouco em Pedro Juan Caballero que o governo brasileiro vai destinar mais recursos ao Departamento de Polícia Federal para ações mais frequentes e efetivas no combate às lavouras de maconha do lado paraguaio. O objetivo, segundo ele, é erradicar a droga ainda na fase de cultivo, “estratégia mais inteligente e eficiente do que combater o comércio no Brasil”.

Moraes se negou a comentar sobre a ameaça de terrorismo no Brasil durante os Jogos Olímpicos – situação que coloca a fronteira com o Paraguai como acesso aos terroristas – e disse que estava em território paraguaio exclusivamente para a operação contra o narcotráfico.

Durante entrevista coletiva na sede regional da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), Alexandre Moraes disse que a intenção do governo federal é destinar helicópteros e agentes federais para as operações compartilhadas, como a Nova Aliança III, encerrada nesta sexta-feira.

O ministro esteve no Paraguai para encontro com autoridades do país vizinho e visitou uma das frentes de destruição de lavouras de maconha, onde foi de helicóptero.

Meta é erradicação – Assim como o ministro-chefe da Senad, Hugo David Vera Quintana, Alexandre Moraes disse que os esforços conjuntos são para erradicar as plantações de maconha na fronteira dos dois países e citou o combate ao crime organizado transacional como “uma das prioridades” do governo interino de Michel Temer.

“Nossa meta é uma fronteira segura e operações como essa ajudam no combate ao narcotráfico, ao tráfico de armas e ao contrabando. Precisamos não só de um reforço presencial na fronteira, mas também de operações bilaterais com parceria e inteligência”, afirmou Morais, que comemorou a destruição de 708 hectares de lavouras de maconha e 209 toneladas da droga pronta para o consumo.

Alexandre de Moraes disse que o Brasil tem o “dever” de apoiar as autoridades paraguaias na luta contra a maconha, pois 80% da produção do entorpecente no país vizinho é destinada a usuários brasileiros.

“Conversamos com o ministro [Hugo Quintana] e a partir deste momento as operações integradas serão ampliadas para que possamos dar inclusive apoio operacional com a cessão de viaturas e helicópteros compartilhados para que os resultados positivos aumentem”, disse Morais.

Confiança no Paraguai – O ministro disse que o governo brasileiro confia no trabalho do Paraguai e elogiou a “expertise” da Senad paraguaia no combate ao narcotráfico. “Quero parabenizar o governo paraguaio e a Senad e reiterar a total confiança do presidente Michel Temer no Paraguai e na nossa parceria para combater a criminalidade”.

Alexandre de Morais, que foi ao Paraguai acompanhado pelo diretor-geral da Polícia Federal Leandro Daiello Coimbra e pelo secretário nacional de Segurança Pública Celso Periolli, foi elogiado pelos paraguaios por ser o primeiro ministro de Estado do Brasil a acompanhar as ações compartilhadas contra o cultivo de maconha. (Colaborou Ronald Diaz, de Pedro Juan Caballero)

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