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Interior

Moradores de assentamento bloqueiam MS-164 e cobram reparo em estradas

Caroline Maldonado | 10/02/2016 10:17

Moradores do assentamento Itamarati bloqueiam nesta manhã trecho da MS-164, em Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande. Eles reivindicam melhorias na infraestrutura da região, que tem diversos caminhões carregados de grãos parados em meio as erosões que impedem o trânsito nas estradas.

O bloqueio é no quilômetro 45, entre a Vila Secador e o trevo da sede do Itamarati. Um morador que não aderiu ao bloqueio, mas apoia a manifestação, informou que o protesto reclama ainda o não uso de recursos que teriam sido enviados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para a prefeitura.

O prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais, disse que o movimento é fraco, pois não tem apoio de movimentos locais e acredita que a manifestação é política, apoiada pela oposição de sua administração. Ele assegurou que o recurso do Incra para melhorias nas estradas ainda não foi depositado. De acordo com o projeto, estão previstos R$ 4,5 milhões do Governo Federal e R$ 500 mil do município.

“Com a dificuldade do Governo Federal, eles empenharam só R$ 1 milhão no fim de 2015 e R$ 1 milhão agora no início do ano, ou seja, destinou uma verba para isso, mas não quer dizer que foi feito o pagamento”, disse o prefeito. Segundo Ludimar, o projeto de melhoria das estradas está pronto e custou cerca de R$ 200 mil a prefeitura. “A gente não tem como licitar sem que o Governo Federal deposite o dinheiro, mas nós nunca deixamos de atender os moradores do assentamento”, complementou.

A prefeitura colocou à serviço dos agricultores uma patrola, um motonivelador e uma pá carregadeira, além de enviar 200 litros de diesel por semana, de acordo com o prefeito. Ontem (9), o presidente da Associação de Moradores do Assentamento Itamarati, Luiz Artur dos Santos, informou que o combustível é insuficiente. Na manhã de hoje, o prefeito disse que já está sendo providenciado aumento no volume de diesel enviado. Serão necessários 12 mil litros para concluir a reforma dos pontos críticos, segundo Ludimar.

“Essa é uma situação que afeta praticamente toda a região sul, as estradas ficaram piores com as chuvas. O assentamento é um dos poucos lugares que estamos conseguindo ajudar, pois fazer pelo município inteiro seria impossível, temos que reparar estragos nos bairros também e sem recurso do Governo do Estado, porque não tivemos como decretar situação de emergência".

Em função da falta de sinal de telefonia na região do protesto, o Campo Grande News não conseguiu, nesta manhã, contato com o presidente da Associação de Moradores do Assentamento Itamarati para saber mais detalhes sobre o protesto.

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