Morto em confronto, Abagge planejava novo crime
Ele estaria em Fátima do Sul para montar plano de execução de sua ex-convivente
Morto em confronto com a polícia sete dias depois de fuga cinematográfica, Luccas Abagge, 32 anos, estaria em Fátima do Sul para montar plano de execução de sua ex-convivente. De acordo com a Polícia Civil, o criminoso, que acumulava condenação a 112 anos de prisão no Paraná, suspeitava que ela o teria denunciado quando ele foi capturado em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Ele já teria comprado, inclusive, armas de fogo.
A prisão de Luccas foi em de 18 de junho deste ano. Na ocasião, ele foi preso quando saiu do Paraguai e ingressou no Brasil. Ele conduzia um Celta, com placas de Catalão (Goiás), pela Avenida Tiradentes. Vindo de Pedro Juan Caballero, o veículo estava com os faróis apagados e, segundo a polícia, era “conduzido de forma suspeita”.
Ele apresentou CNH (Carteira Nacional de Habitação) em nome de Evandro, mas mesmo assim foi identificado. Com condenações por crime no Paraná, Luccas é filho de Beatriz Abagge, conhecida pelo “Caso Evandro”: a morte do menino de 6 anos em Guaratuba (Paraná), no ano de 1992.
Na madrugada de 3 de setembro, ele fugiu da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), o maior presídio de Mato Grosso do Sul. O Campo Grande News apurou que após serrar a grade da janela da cela, Luccas Abagge saiu ao lado do pavilhão onde fica a padaria e de frente para celas do raio I. Depois se arrastou por pelo menos 50 metros do raio II até a muralha. Para chamar ainda menos atenção, ele estava de preto. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o preso se enrolou em sacos de lixo.
Foragido, ele passou a ser monitorado em Fátima do Sul. Na tarde de ontem, a polícia foi ao seu esconderijo, um imóvel no Jardim São Paulo. Houve confronto e Abagge foi morto.
Assassinatos - Em janeiro de 2019, Luccas foi condenado a 54 anos por homicídio, pena posteriormente reduzida para 48 anos. Após o crime por disputa por ponto de vendas de drogas em Curitiba, a sua fuga envolveu o roubo de três veículos, numa ação classificada como cinematográfica.
Em julho de 2019, nova condenação: a 32 anos por matar um adolescente em Curitiba.Um segundo adolescente ficou ferido. Em 2016, ele fugiu da Penitenciária Central do Estado, na Região Metropolitana da capital paranaense.