MST ocupa usina falida e exige desapropriação de 9 mil hectares
Cerca de 100 famílias do MST (Movimento Sem Terra) ocupam, desde a madrugada deste sábado (10), área da usina Jotapar em Sidrolândia, a 71 km de Campo Grande. De acordo com o representante de Mato Grosso do Sul na diretoria nacional do MST, Décio Jonas Carlos da Conceição, o local está abandonado há três anos desde que a empresa faliu e já está sendo cotado para a reforma agrária.
Segundo ele, no local moram apenas algumas famílias de ex-funcionários. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) já fez vistoria no local, declarando as terras, que compreendem em torno de nove mil hectares, improdutivas.
Décio afirma ainda que outras pessoas de acampamentos nas regiões próximas a Campo Grande estão indo para o local e a expectativa é que o número de famílias chegue a 500, formando uma única aglomeração na área compreendida no entorno da capital sul-mato-grossense.
Atualmente, de acordo com o dirigente, existem dez acampamentos ligados ao MST no estado. Em reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT), foi estabelecida a meta de assentar, apenas em 2015, 150 mil família no Brasil, das quais 50 mil em Mato Grosso do Sul.