Navios levam mil atendimentos gratuitos e filtros de barro a ribeirinhos
Projeto faz coleta para estudos e prevê melhoria da qualidade da água das famílias para evitar doenças
O Projeto Navio (Navegação Ampliada para a Vigilância Intensiva e Otimizada) leva, a partir desta segunda-feira (12), mais de mil atendimentos gratuitos à população ribeirinha de Corumbá e Ladário, a 426 quilômetros de Campo Grande.
Os navios de assistência hospitalar “Tenente Maximiano”; de apoio logístico Fluvial “Potengi”; e o de transporte fluvial “Paraguassu” saem de Ladário rumo ao tramo norte do Rio Paraguai, até Cáceres, em Mato Grosso. O retorno das embarcações ao município de Ladário está previsto para o dia 14 de março.
Os ribeirinhos receberão atendimento médico, odontológico, medicamentos e vacinação. Também será feito um trabalho de educação em saúde, além da distribuição de 200 filtros de barro doados para a melhoria da qualidade da água das famílias.
Os serviços são realizados por meio de parceria entre a SES (Secretaria Estadual de Saúde) de Mato Grosso do Sul, Marinha do Brasil e Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul), que representa mais de 130 cooperativas. Nesta etapa, a SES conta também com a participação da SES/MT (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso).
O projeto, que está na segunda etapa, é mais do que atendimento com diagnósticos. As equipes também oferecem à população medidas de tratamento e prevenção de doenças, principalmente, as infectocontagiosas, na avaliação do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões.
“Em parceria com a OCB, em uma ação de ESG [Ambiental, Social e Governança], estamos distribuindo 200 filtros de barro, pois já na primeira viagem do navio identificamos que ao oferecer uma simples solução como um filtro de barro poderemos cercear a evolução de doenças parasitárias por falta de água potável adequada. Desta forma, vimos com muita satisfação os primeiros resultados e continuaremos investindo para aperfeiçoar este projeto, trazendo soluções em saúde para nossas populações ribeirinhas”, comentou o secretário.
Outra novidade é que desta vez, durante a viagem, equipes vão começar a fazer coleta de material de animais e não somente do ambiente, conforme a coordenadora de Saúde Única da SES, Danila Frias. Esse trabalho ajuda a identificar organismos que são capazes de causar doenças.
Projeto Navio - Iniciado em novembro de 2023, o projeto terá duração de 5 anos, contando ainda com a Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais) para a instituição de uma vigilância genômica, um ramo da genética que estuda o genoma completo de um organismo. Dessa forma, são feitos estudos e monitoramento da saúde das populações ribeirinhas do Pantanal e das mudanças climáticas e seus impactos na saúde pública.
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