Operação da PF localiza 6 acusados de tráfico e apreende 3 helicópteros
Quatro alvos não foram localizados; organização usa aeronaves para transportar cocaína e armas
A Polícia Federal cumpriu 6 dos 10 mandados de prisão decretados pela Justiça Federal no âmbito da Operação Icarus, deflagrada nesta sexta-feira (5) para desmantelar organização criminosa responsável pelo transporte de cocaína em aeronaves da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para outros estados brasileiros.
Coordenada pela Delegacia da PF em Ponta Porã, a ação cumpriu todos os 16 mandados de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de quatro veículos, três helicópteros, celulares, documentos, jóias e relógios (veja o vídeo acima).
Os mandados foram cumpridos em Guarujá, Praia Grande, Santana de Parnaíba, São Paulo, Jundiaí, Itupeva, Osasco (todas em SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Curitiba (PR). Eram oito mandados de prisão temporária e dois de prisão preventiva. A PF não detalhou quais foram cumpridos, nem as cidades em que ocorreram prisões.
Investigações da PF revelaram que o grupo agia em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo. Além de cocaína, a quadrilha traficava armas de grande poder de fogo.
O caso começou a ser investigado em 2022 com a apreensão de aeronave carregada com 442 quilos de cocaína, três fuzis calibre 5.56 mm e uma escopeta calibre 12, no município de Coronel Sapucaia, na linha internacional.
No decorrer dos trabalhos, a PF descobriu7 que o grupo criminoso também estava envolvido em outra apreensão de cocaína, de 595 quilos que estavam escondidos sob a fuselagem de um jato executivo, interceptado no aeroporto internacional de Salvador (BA).
A organização criminosa é responsável por introduzir grandes quantidades de cocaína no território nacional, através das fronteiras com os países vizinhos por meio aéreo, utilizando pistas de pouso clandestinas e planos de voo falsos.
Da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a droga é enviada principalmente para Jundiaí e Sorocaba, no interior paulista. Os investigados vão responder por tráfico internacional de drogas e de armas e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão.
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