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Interior

Operação da PF desarticula organização que transporta cocaína em helicópteros

Investigação começou em 2022 após apreensão de aeronave com 442 kg de cocaína e armas na fronteira

Por Helio de Freitas, de Dourados | 05/04/2024 09:19
Helicópteros apreendidos durante operação desta sexta-feira (Foto: Divulgação)
Helicópteros apreendidos durante operação desta sexta-feira (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (5) a Operação Icarus, para desmantelar organização criminosa responsável pelo transporte de grandes quantidades de cocaína em aeronaves da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para outros estados brasileiros.

As investigações conduzidas pela delegacia da PF em Ponta Porã revelaram que o grupo agia em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo. Além de cocaína, a quadrilha traficava armas de grande poder de fogo.

A 2ª Vara Federal de Ponta Porã expediu oito mandados de prisão temporária, dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão relativos a imóveis do grupo, localizados em Guarujá, Praia Grande, Santana de Parnaíba, São Paulo, Jundiaí, Itupeva, Osasco (todas em SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Curitiba (PR).

Também foi determinado o sequestro de ativos financeiros, de imóveis e de veículos pertencentes a nove pessoas físicas investigadas. A PF ainda não divulgou o balanço da operação, mas helicópteros e coleção de relógios de luxo foram apreendidos.

As investigações tiveram início em 2022 com a apreensão de aeronave carregada com 442 quilos de cocaína, três fuzis calibre 5.56 mm e uma escopeta calibre 12, no município de Coronel Sapucaia, na linha internacional.

No decorrer dos trabalhos, a PF descobriu que o grupo criminoso também estava envolvido em outra apreensão de cocaína, de 595 quilos que estavam escondidos sob a fuselagem de um jato executivo, interceptado no aeroporto internacional de Salvador (BA).

De acordo com a PF, a organização criminosa é responsável por introduzir grandes quantidades de cocaína no território nacional, através das fronteiras com os países vizinhos por meio aéreo, utilizando pistas de pouso clandestinas e planos de voo falsos.

Da região fronteiriça de Mato Grosso do Sul, a droga é enviada principalmente para Jundiaí e Sorocaba. A investigação mostrou a hierarquia do grupo, com funções de comando, apoio logístico, pilotos cooptados, equipe de solo e equipe de apoio.

Os alvos são investigados por tráfico internacional de drogas e armas, cometidos por intermédio de atuação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão.

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